domingo, 24 de maio de 2015

Vida que segue, dor que ensina.

A morte mesmo sendo algo natural do ciclo da vida, tem uma missão difícil e importante, que é a de promover mudanças em quem ficou, é preciso ter força para chorar, para resistir ao sentimento, emoção ou sensação de vazio que o outro nos deixa, quando da sua partida, e isso não é fácil.

A Dona Morte não transforma quem foi em santo, mas transforma quem fica em guerreiro, pois o guerreiro de verdade sabe que o seu maior inimigo não está fora dele, e sim, repousa em seu peito: são seus medos, seus orgulhos e, no caso da perda de um companheiro de batalha, o buraco que fica pela falta que ele faz. A batalha é a vida, suas vicissitudes, suas surpresas e glórias, temos que honrar a vida em nome dos que foram, em memória deles, e pela paz dos que ficaram.
Descanse em paz Bia!

sábado, 16 de maio de 2015

A chuva nos expõe.

Escrevi esse texto no dia 15 de maio de 2015:

Estou aqui pensando como a chuva nos expõe ao medo de "perder", que vai desde o medo de perder a elegância da nossa arrumação para sair, passando pelo medo de perder o horário, medo de perder o controle numa poça d´água, medo de perder uma coisa, uma casa, um sonho, a quem tema diante da chuva perder o que realmente importa, a vida; isso porque a chuva nos expõe, mas não que seja algo ruim, pois o medo é só um sentimento que nos trava ou impulsiona... pensemos no medo pelo outro, que teve seus pertences destruídos pela força das águas, esse medo nos remete a solidariedade, ao compartilhamento e nos faz exercitar nossa humanidade quando ajudamos nosso semelhante e nos sentimos encharcados de alegria por vencer o medo de nos molharmos.