A saudade é um sentimento interessante, na verdade é um complexo de sentimentos e lembranças confusas e algumas vezes fantasiosas sobre o que sentimos falta. Sempre tem um pouco de romance na saudade, e sendo assim sempre terá uma hipérbole ali perto.
Acho curiosa também a diferença entre lembrar e sentir saudades... A gente lembra de um monte de coisa inútil, tipo senha de conta no banco, fórmula do cálculo de delta, nomes das capitais de pelo menos cinco estados brasileiros e que o grafite e o diamante se diferem apenas pelo tipo de ligação entre suas moléculas de carbono, mas ninguém sente saudades dessas informações, a gente sente saudades das sensações, de boas lembranças, de como nos sentimos quando estamos sentados olhando o mar quebrar na praia, do jeito como alguém nos olha, nos toca, ou fala conosco... A saudade do violão não é da "coisa" violão, é do som que ele faz, é de quem estava tocando, onde e quando estávamos ouvindo o seu som... E por falar em som, me remeto aos outros sentidos que mexem com nosso imaginário e podem despertar saudades soluçantes, como ver algo, sentir o cheiro, o sabor ou uma queda pode ter fazer sentir saudades de como seus parentes cuidavam de vc quando se machucava, tudo depende do intrincado e misterioso processo pessoal de associações que nossa mente, corpo e espíritos fazem, quando transformam uma "mera lembrança" num forte lampejo de saudade.
Mas o melhor de tudo é que, seja lá o que aconteceu pra nos fazer sentir saudade, aconteceu de uma forma que queremos guardar para sempre conosco, mesmo que nunca mais sintamos aquele cheiro, aqueles lábios(daquele jeito), aquele toque, mesmo que não vejamos mais aquela(s) pessoa(s), ainda assim os temos para sempre em nossa memória, em nossa caixinha de coisas boas, que podemos recorrer as vezes para sentir aquela "dorzinha gostosa"(as vezes nem tão "dorzinha" e nem tão "gostosa") que a gente convencionou chamar de saudade.
Vou usar esta ferramenta para desabafo pessoal, tentarei através deste blog mostrar um pouco de como eu penso a vida que vivo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Realmente... é mais difícil assim.
Gosto do real, acho o imaginário fofinho e tudo, mas o real é melhor. O mundo é complicado, a maioria das coisas existem a partir do nosso imaginário e, portanto, do nosso ponto de vista, mas isso é só como percebemos essas coisas e não como elas são de fato.
Eu observo mesmo e muito, gosto de ver os movimentos... Das ondas, das nuvens, dos veículos, dos olhos alheios e principalmente dos corpos, mas não somente o deslocamento deles no espaço, gosto de observar no tempo, como com o passar do tempo os corpos movem-se de forma diferente... Gosto de notar como se adaptam as circunstâncias e movem-se os conceitos, como o não conseguir algo frustra uns e estimula outros.
Tudo isso pra mim está intimamente relacionado ao real, a noção que cada ser humano tem da realidade, como cada um apreende o mundo que o cerca, ou simplesmente rejeita, ignora, negligencia e prefere o mundo da imaginação que uma hora ou outra precisa confrontar com o mundo real e ai... Tristeza, melancolia, desilusões e depressões abraçam o sonhador.
Não sou contra os sonhos, gosto deles, mas não me perco neles, sonhos são símbolos, sinais que podem indicar um caminho a seguir, ou a deixar de seguir, pode até ser uma bússola, mas não pode ser tudo, pois tudo é muita coisa pra não ser nada além de sonhos
Eu observo mesmo e muito, gosto de ver os movimentos... Das ondas, das nuvens, dos veículos, dos olhos alheios e principalmente dos corpos, mas não somente o deslocamento deles no espaço, gosto de observar no tempo, como com o passar do tempo os corpos movem-se de forma diferente... Gosto de notar como se adaptam as circunstâncias e movem-se os conceitos, como o não conseguir algo frustra uns e estimula outros.
Tudo isso pra mim está intimamente relacionado ao real, a noção que cada ser humano tem da realidade, como cada um apreende o mundo que o cerca, ou simplesmente rejeita, ignora, negligencia e prefere o mundo da imaginação que uma hora ou outra precisa confrontar com o mundo real e ai... Tristeza, melancolia, desilusões e depressões abraçam o sonhador.
Não sou contra os sonhos, gosto deles, mas não me perco neles, sonhos são símbolos, sinais que podem indicar um caminho a seguir, ou a deixar de seguir, pode até ser uma bússola, mas não pode ser tudo, pois tudo é muita coisa pra não ser nada além de sonhos
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