terça-feira, 17 de maio de 2011

Vamo suar meu povo(e minha "póva").



Pois é meninos e meninas, moças e rapazes, senhoras e senhores, mais uma vez estou aqui para falar da importância da atividade física( quer dizer acho que é de volta, sei lá...) Não importa se já falei antes, o importante é que falarei agora. =D
Muito bem, o jiujitsu está suspenso por falta de horário compatível e o Karatê está suspenso por excesso de cansaço causado pela musculação, isso mesmo voltei a pegar peso, mas desta vez está sendo diferente de todas as outras vezes, nunca me empenhei tanto com esse ‘lance’, não posso negar minha doença por artes marciais, já cheguei a treinar quatro horas diárias de Karatê nos anos áureos em que disputava campeonatos aqui e acolá, mas musculação, fala sério!? Ia duas, no máximo três vezes por semana e reclamava o resto da semana, mas hoje como lhes disse tudo está diferente, tenho frequentado a academia de segunda a sábado, a partir das 5:35h até + ou – 07h, e isso tem me feito muito bem. Sinto falta da porrada das artes marciais(é a parte divertida no troço), mas passo bem suando entre halteres, anilhas e esteiras e como já disse que este é um espaço para desabafos, ressinto(sinto de novo) a felicidade proporcionada pela endorfina liberada a cada repetição chata e solitária, enquanto escrevo aqui.
Por falar nisso, gostaria de falar sobre o quão solitária é a musculação, sempre comentei isso com amigos, familiares e alunos, mas agora vou escrever pra você que talvez nunca tenha me visto, mas que eventualmente aparece por aqui pra ler o que escrevo. É legal ver as pessoas marcando para irem a academia juntas, esperando o “parceiro” ou parceira se aprontar para saírem juntos, mas ai quando chegam à academia... cada um vai para um lado. Isso mesmo, não andam, nem correm juntos na mesma esteira, não usam o aparelho na mesma hora, cada um carrega sua “cruz” individualmente, eu sempre digo “na hora da série é você e o peso cumpade” ai depois que você acaba sua bendita série dá até pra conversar um pouco, mas na hora do exercício concentração é imprescindível, pelo menos pra mim é.
E é por isso que escrevi, estou feliz com os resultados da musculação, feliz em vencer meus limites, pois são os únicos que realmente me importam, sei que vencendo-os vivo melhor, trabalho melhor e consequentemente melhoro o mundo em que estou, de bem com a minha vida, tenho prazer e desejo de fazer outras vidas felizes. Agradeço a Deus por estar vivo e por você estar lendo isso aqui, é sinal de que sabe ler e está fora das estatísticas de analfabetismo deste planeta.
Esse cara ai da foto sou eu, com cara de mau, mas é que não tinha tomado café ainda, justificável portanto, porque como já dizia minha véia: “Cara feia pra mim é fome”. rsrsrsrsrs

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobre a EDUCAÇÃO, acho que falta PAIXÃO!

Hoje conversei com colegas sobre a situação dos alunos das escolas onde leciono, eles começaram o papo dizendo das suas frustrações em tentar introduzir qualquer tipo de conteúdo, conceito, ou ideia nas cabeças de seus pupilos. Eu ponderei antes de me pronunciar, pois estava vendo um certo tom de revolta nas falas dos meus colegas de trabalho, porém depois de ouvir um pouco foi inevitável tecer um comentário acerca do que venho observando em relação a o que os nossos alunos fazem hoje em dia, quando se trata de aulas: Eles não querem assistir aulas. Não dá pra entender o motivo, parece que uma pequena parcela da população estudantil tem consciência do seu papel enquanto estudante, e ao falar nisso lembro-me de mim mesmo na época de Escola, eu lembro que quando preenchia qualquer papel que me perguntava sobre minha profissão, eu tinha orgulho em escrever “estudante”, meu pai não me pagava para eu estudar, mas ele pagava para eu estudar, eu tinha horários a cumprir, na escola e em casa, tinha que organizar o tempo das minhas brincadeiras para poder ler e responder os deveres de casa, queria responder o questionário na sala para que meus professores soubessem que eu estava trabalhando direito; a minha recompensa não era financeira, mas eu sempre ganhava, no final de cada bimestre, de cada unidade letiva eu percebia que o meu esforço era recompensado com minhas boas notas e com o sorriso(mesmo discreto) de meu pai quando dizia: “Você não fez mais do que sua obrigação passando na unidade”, isso era minha “paga”, isso me fazia sentir orgulho do meu labor. Eu não sabia ainda o que eu queria ser quando crescesse, mas sabia que gostava de aprender coisas novas, eu gostava de ver os professores com tanto conhecimento sobre tão diferentes coisas, eu achava que um dia, quem sabe, eu pudesse entender um pouco do que eles estavam falando e ficava realmente feliz quando conseguia. Hoje eu sei que os professores nem sabiam tanto, que eu nunca saberei o quanto gostaria, mas sei também que o fascínio que tive em minhas áureas épocas escolares faltam para os alunos que frequentam as escolas na atualidade. Tento fazer diferente em minhas aulas, chamar atenção para questões do cotidiano, trazer temas atuais para serem discutidos nas salas, mas ainda assim sinto a resistência em discutir algo com base filosófica, quando muito os alunos brigam entre si, tentando impor sua opinião sobre as dos outros, não sabem o que é, nem respeitam a democracia e o direito de expressão do outro. E mais ainda(e pior de tudo) não sabem qual o seu papel na sociedade, não tem fascínio por nada que se refere à Escola, não querem estar ali, não sabem porque estão ali, e isso só me deixa enquanto educador muito triste.
Mantenho minha esperança viva, tento( como aquele beija flor da historinha) fazer a minha parte, levando, ou pelo menos tentando levar um pouco de paixão para dentro da sala de aula, buscando que meus discípulos, educandos, pupilos, alunos entendam que só através da educação, boa vontade e da força de vontade é que poderemos transformar a realidade que nos cerca e assim “afetar” o nosso entorno para vivermos de forma mais digna, cidadã, responsável e feliz.