terça-feira, 24 de abril de 2012

"Larguei essa" no facebook!

Amo a Hipocrisia e a Fé do facebook, tão fugazes e frívolas....Gosto também dos amores que rolam por aqui, sempre tão avassaladores e breves como um arroto de Coca-Cola. “Piro” nas fotos de pré-adolescentes com seus copos de cerveja e seus sorrisos cheios de NADA, e me espanto (ainda me espanto as vezes) com crianças, pré-púberes, que não sabem mais o que fazer da vida... Pra mim isso é reflexo de uma enorme carência de vida fora da tela do computador. O facebook quer saber “No que você está pensando?” e não “O que você está fazendo?” esses relatórios me soam como uma necessidade fútil de dizer ao mundo “EI CARA, ALGUÉM... EU EXISTO... TÔ AQUI” é meio triste, pra não dizer muito triste, pois as pessoas estão se afastando umas das outras de verdade e criando melhores amigos que só se reconhecem por fotos e frases sem efeito. Porém, o que realmente me intriga nesse espaço tão rico são as INDIRETAS: Véi, na boa véi” indiretas... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK as vezes a única pessoa atingida pelo petardo é quem posta a dita cuja... Um enorme desperdício de energia. Vivo pelo lema: Se não tem nada de bom pra falar, cale-se, e a propósito disso “curto” de verdade o facebook, a oportunidade de falar com alguém distante geograficamente ou até mesmo espacialmente distante, alguém que você não vê a algum tempo e que troca uma ideia sobre a nostalgia da sua interação e esse é o meu medo com o facebook, Já está acontecendo algo mais ou menos assim, do tipo: “menina tá sumida, nunca mais vi um post seu... lembra daquela foto que a gente curtiu no fim do ano passado, tudo a ver comigo hoje...”. Amiguinhos, amiguinhas cuidado com o deslumbramento e com a facilidade no trato com essas ferramentas virtuais, sair um pouco é muito bom, beijar na boca(nossa!!!) melhor ainda, ficar alisando a tela do seu computador não vai te trazer NADA de volta além de aumentar a falta que você sente de algo ou alguém, não se fechem as possibilidades reais, caiam pra dentro da vida, não a virtual, mas a vida em todas as suas dimensões. Bom dia “faces”!!!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sobre ser adulto, eu prefiro ser criança aos 35.

Hoje estava pensando sobre ser adulto e sobre o que as pessoas entendem disso, por vezes escuto que eu deveria crescer, ter atitudes condizentes com minha idade, mas aos adultos e suas atitudes “adultas” o meu sonoro NÃO!!! Se ser adulto é acordar e ir se entristecendo até a hora de sair de casa, só voltando a se alegrar ao sair do trabalho, NÃO. Se ser adulto é contar os dias desde segunda-feira, passando a semana de forma dolorosa para apenas sorrir na sexta(a noite)... NÃO. Se para ser adulto eu preciso dividir parte do meu salário com grandes empresas cervejeiras, NÃO. Se para demonstrar maturidade eu devesse sofrer porque alguém não tem inteligência suficiente pra entender que sua vida seria melhor ao meu lado... NÃO! Adultos talvez briguem porque outros adultos não entendem o seu ponto de vista, eu não.
Prefiro mesmo é ser criança aos 35 anos e aprender diariamente, pois ao invés de “adultecer” prefiro pedalar minha bicicleta, xingando o mundo na subida e não conseguindo segurar o sorriso na descida, correr e brincar com outras crianças, quero rolar no chão com meus amigos no jiu jitsu, chorar ou sorrir sem vergonha, me esconder de vez em quando e gritar no travesseiro pra ninguém ouvir, como criança quero beber suco da fruta e comer salada, reclamando por dentro, mas comer mesmo assim, porque “faz bem”. Quero sair feliz de casa pra encontrar meus coleguinhas, pois o bom mesmo é ser criança aos 35, brincar com o cabelo dela, mamar no peito, manipular meu pinto com prazer e curiosidade, ter o direito de esquecer e poder pedir desculpas com sinceridade, pedir a “bença” aos meus pais e pegar dinheiro emprestado com eles, parecendo até que eu vou pagar.
Sinto muito pelos adultos que me criticam, cheios de suas certezas, seus horários fixos e seus cálculos exatos, pois daqui, como criança eu vivo a incerteza de viver, ando sem relógio e vou contando nos dedos os sorrisos que ajudo a abrir e fico cada dia mais feliz quando percebo que os dedos das mãos já não são suficientes para contá-los.