terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Valor de Uma Medalha

O que leva uma pessoa até uma competição são diferentes fatores, mas creio que o mais relevante deles seja a tal superação, existe um ditado que afirma: “Quando o guerreiro está exausto é que a luta realmente começa”... Pensando sobre isso a única palavra que vem a minha cabeça é a tal superação, pois o que este ditado nos fala é sobre a capacidade humana de continuar lutando por algo em que ele acredita, tirando forças para lutar, da crença de que aquilo vale a pena, transferindo isso para a rotina de um atleta, posso afirmar que o que leva alguém a um campeonato, não a vontade de se mostrar, de sobrepor-se sobre o seu adversário, mas a consciência de que ele fez o seu papel, ou seja, a consciência de que o seu treinamento não foi em vão, que as horas que passou abdicando de coisas que gosta, como família, lazer, diversão, não foram horas perdidas. O esporte é cruel, pois preparo técnico, psicológico e tático ainda devem se aliar uma pitada de “sorte”, sorte de ter treinado mais que o seu adversário, sorte de ter tido coragem de se expor a competição, sorte que DE FATO, não existe, pois sorte é uma combinação de preparo, com atitude, pois se você estiver bem preparado e não tiver atitude para lutar, jamais irá ganhar nada em sua vida, assim também como se você tiver atitude e não tiver preparo as suas chances de sucesso diminuem assombrosamente. Quando entramos para o mundo da competição devemos ter claro em nossa cabeça que o nosso maior adversário é aquela pessoa que se reflete diante de nós no espelho e que o nosso maior professor é o nosso oponente, pois a partir das posturas(suas e as dele) será possível adaptar o seu jogo, testar seus limites, vencer seu próprio ego. Esse texto tem a ver com a minha primeira medalha no Jiu Jitsu, um terceiro lugar por participação, não houve combate contra oponentes no tatame do campeonato, mas certamente eu travei uma batalha pessoal para ir até lá, estava disposto a enfrentar meu destino e o meu destino neste dia foi não lutar, já tive muita vergonha disso, mas hoje entendo que minha luta não é só no tatame, tudo que está escrito nesse texto eu aplico em minha vida, agradeço a Deus pela oportunidade de ter estado ali, ter vencido minhas limitações, meus medos e ter conseguido meu bronze, que eu espero ser a primeira medalha de uma carreira de lutas por uma melhor qualidade de vida. Obrigado ao Sensei, prof. Elielton Caldas, aos colegas de treino, Anderson(Caruara), Anderson(Pé de Cão), Gilson, Júnior, Ronaldo, Hogart, Arismar(Miojo), Donato, Cleriston(Muay Thay), Samuel, Leo(Jhonga), Marcelo, Lucas, Alan, Everton, “Hélio Gracie” e todos os demais companheiros da família do Ninho das Águias pelo apoio, pelos ‘carros’, pelas lições que me ajudam a enxergar o mundo de uma melhor maneira, me ajudam a enxergar o mundo através do Jiu Jitsu. OSS.

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