quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sobre o Caos...

E eu aqui pensando sobre o caos, mas não o caos mitológico grego, assexuado e que separa tudo e que origina a noite e a escuridão, muito menos a Teoria do Caos, precursora do “Efeito Borboleta” que para quem não sabe não é só o nome de um filme, mas uma teoria que diz que o bater de asas de uma borboleta no Brasil, pode causar um tornado no Texas, por exemplo. Falo do caos, no sentido das situações caóticas associadas a mudanças bruscas(ou não) que podem ocorrer em nossas vidas, lógico que tem relação com os dois conceitos citados anteriormente, mas trato aqui do conceito do senso comum mesmo, a desordem que cria, a falta de arrumação que ordena, a bagunça que arruma, e a incógnita da incerteza quanto a real criação, a lenda de Hesíodo fala da criação, mesmo através da cisão houve a criação, mas como ter certeza de que algo bom será criado?
A verdade é que não nos cabe organizar o caos, cabe ao caos nos organizar, nos arrumar, nos impulsionar a voos mais altos, com menos medo, como diz a canção “o céu de Ícaro tem mais poesia do que o de Galileu”, mas eu também gosto do céu de Galileu, que disse que “Todas as verdades são fáceis de perceber depois de serem descobertas; o problema é descobrí-las”, gosto do céu do Brigadeiro e o céu da boca, onde tem uma estrela solta quando se diz “te amo”. Vamos buscar a orientação na desordem, subverter as situações caóticas a ponto de nos beneficiar com elas; tenhamos paciência, clareza e boa vontade, assim conseguiremos sofrer apenas o necessário, pois como já disse o Carlos Drummond de Andrade “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”.

Um comentário:

  1. Muito bom seu texto, passeia pela cultura grega a atual e mostra que é realmente culto e bom escritor. Sou seu fã. Quando crescer quero ser como você.

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