quinta-feira, 30 de junho de 2016

Desenhando...


Uma amiga me perguntou porque não escrevia sobre “desenho”... Nunca tinha pensado a respeito, tanto que postei imagens de alguns trabalhos, mas não associei a um texto, mas pelo desafio de pensar a respeito disso, cá estou para tentar traduzir em palavras o que sinto quando estou desenhando...
Desenhar para mim é um passatempo que começou em tenra idade, “desde que me entendo por gente” eu desenho, costumo brincar dizendo que todos nascemos desenhistas, mas alguns desistem com sete anos, penso que todo mundo já deve ter riscado um bonequinho palito, uma casa com uma porta, uma janela e uma árvore do lado, mas ai as atribuições e a magia vão se perdendo aos poucos, não acho que desenhar seja um dom e, se é TODOS temos esse dom, é como atuar, há quem atue bem, quem desenhe bem e quem não seja tão bom, mas o que difere essas pessoas é o afinco em que se dedicam, a prática, a repetição e a busca da melhoria de sua técnica pessoal. Pois bem, eu amo desenhar e agora voltei a estudar com um foco que nunca tive para tal, quero a perfeição, sei que não é possível e isso é o que me motiva, desenho quando posso, tento aproximar o máximo minha obra com a referência que observo cuidadosamente. Agradeço sim por poder enxergar, mover meus músculos com coordenação suficiente para não cagar todo desenho, agradeço a meus críticos mais ferrenhos, Gabrielle e Fábio Júnior(meus filhos) que não deixam passar nenhum detalhe e sempre cobram quando não está bom. Se eu tenho ‘dons’ são a paciência e a perseverança e esses sim me ajudam com os desenhos, com as aulas, nas relações com as pessoas... com a minha vida.
Espero ter saúde, firmeza na mão e acuidade visual para continuar desenhando por muitas e muitas décadas, gosto muito de desenhar, estou tentando viver deste ofício e certamente não vou desistir enquanto não puder viver a vida fazendo o que gosto e nada mais.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Mostra da Minha Arte... Alguns desenhos.


Aceitando encomendas de desenhos realistas...

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Sou mesmo incompetente pra entender algumas coisas...


Eu sinceramente não entendo algumas coisas... Há um ódio velado referente à postura das pessoas que não comungam do pensamento das outras, quando alguém diz que não gosta de funk, ou quando diz que gosta, quando alguém diz que não gosta de homossexuais, ou quando demonstra homoafetividade, quando alguém diz que não acredita em Deus, ou quando a outra pessoa diz que só acredita no deus descrito na Bíblia, desprezando outros deuses, outras crenças, outros quereres, outras vontades, dizer que não gosta de açaí é visto como pecado por algumas pessoas e isso pode fazer com que as pessoas briguem, porque uma gosta de um time de futebol e outra não, mas o natural é ser diferente! Tenho alunos e alunas gêmeos e gêmeas e elas e eles são diferentes, um fala alto, o outro não gosta de chamar atenção para si, uma é carinhosa, outra mais grosseira, outra é adepta de alisamento capilar e sua “cópia” curte os cachos em sua cabeça.
Como compreender a intolerância que leva a violência? Eu sou incompetente nesse sentido, não consigo entender isso, por mais que eu tente, por que não se pode simplesmente respeitar que o outro/a outra tem o direito a pensar diferente e agir diferente? Por que se preocupar tanto com a vida alheia? Pra quê tantos julgamentos? Ontem estava dando aula e a turma estava irritantemente inquieta, eu parei de falar e escrevi no quadro: “Quando eu quero silêncio, eu faço silêncio e não fico gritando CALA A BOCA!” Eles leram e depois de uns instantes estavam em silêncio e consegui prosseguir. Queria tanto que eles tivessem aprendido aquilo, mas infelizmente creio que não é tão fácil assim, porque como professor eu não posso educar, quem educa é a família, a nós, professores, cabe instruir pelo caminho institucional da escola, fazê-los pensar sobre as questões maiores da humanidade para fora da escola, coisas como respeito e tolerância, mas só podemos complementar o que vem das casas deles. Bom seria que os pais ajudassem mais, pois quando eles ajudam, notamos o reflexo nessas crianças(as assistidas).
E o que tem a ver minha aula com o início do texto? Eu explico: as crianças, adolescentes impacientes para falar e sem paciência para ouvir agridem-se por não se escutarem, por não escutarem os outros e quando escutam não respeitam a opinião divergente e crescerão assim, tornando-se adultos intolerantes, violentos e cheios de suas razões. Sinto muito por essa sociedade mundial imunda e violenta, que cospe nos rostos dos seus desafetos, que espanca, atira em quem se comporta de forma que os desagrada e que oprime sistematicamente o que foge ao seu padrão ignóbil de comportamento.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Coragem, meu bem, Coragem.


E na efemeridade (ou seria na enfermidade? Ah... Dá igual!) das coisas eis que surge “ela”, menos meticulosa, mais curiosa, muito libertadora, intrépida, voluptuosa e forte, a Coragem, ela pondera, mas não remói, pode ser fatal, mas acima de tudo pretende ser vital, não surge da certeza, mas quer testar o que se propõe, teimosa, ligeira e firme essa é a Coragem que se afirma. Em meio aos julgamentos “Aain... que fofo!”, “Ai que tétrico!”, “Que horror!” ou “Que lindo!” a Coragem dá a mão a Atitude e juntas partem para realizações e às vezes o Medo se segura na cintura dela, tentando impedir sua progressão, mas ela, a Coragem, é forte e sabe que pesará sobre ela as responsabilidades de irromper as barreiras a sua frente, coragem para dizer não, coragem para dizer sim, coragem para se desprender dos dogmas e das mazelas, ela sabe para onde vai, a Coragem vê a sua frente, de braços abertos, a Luta, mesmo que corte os braços do Medo, e que sinta suas mãos geladas, com as grandes unhas negras fincadas dolorosamente em sua carne... mesmo com isso ela avançará. E pulará de “bungee jump”, abraçará com afinco seu novo projeto de vida, iniciará aquela conversa difícil, trocará de emprego, dirá não a opressão do marido(ou esposa), dirá sim a alegria, e fará, e irá...
De onde estou aplaudo a Coragem, vejo-a daqui da minha janela: indo, vejo-a vindo e sei que vou nutrí-la, melhor assim, deixá-la mais forte que os Porquês, esses últimos se multiplicam como fungos em ambientes úmidos, como música ruim numa sociedade ruim, como a violência na falta de amor, como injustiça no seio da corrupção e são auto-nutritivos, nutrem-se deles mesmos, já a Coragem precisa que ajudemo-la, não vai sozinha, necessita da Atitude para simbioticamente, tornarem-se uníssonas e esmagarem os Porquês, pois se estiverem juntas, poderão levar o Medo e ainda assim irão.

sábado, 11 de junho de 2016

O Primeiro...


Hoje (11/06/2016) foi o primeiro exame de faixa de Fábio Júnior no Karatê, poderia estar sendo o quinto ou sexto, pois fui buscar registros e comecei a ensinar Karatê a ele quando ele tinha quatro anos, mas foi o primeiro e, portanto um ‘marco’. Nós treinávamos com horários irregulares, às vezes com kimono, outras vezes sem, mas sempre com muita dedicação, principalmente curiosidade da parte dele... Pois bem, as circunstâncias permitiram que ele começasse a treinar de forma institucional, no dia 15/02 deste ano (aniversário dele), com o Sensei Alberto Cunha(Beto) da ASKALIN, fico muito feliz que tenha sido com ele, pois vejo um Karatê de excelência ali, Fábio Jr é amante da arte e chega em casa com vários questionamentos sobre as posturas, os movimentos e a melhor forma para a execução deles.
Às vezes os pais inscrevem seus filhos em “atividades” para ocupar o tempo, para melhorar sua disciplina ou para ajudar na autoestima ou saúde do seus filhos e filhas, eu inscrevi Fábio no Karatê porque ele pediu, ele queria trilhar o Caminho das Mãos Vazias, hoje ele disse: “Eu poderia ser faixa verde já” e eu: respondi: “Não importa o que você poderia ser, importa o que você é, hoje você passou para a faixa amarela e, no seu tempo, passará por todas as faixas.” Esse texto é um agradecimento a Força Criadora e Maestrina do Universo(Deus se vocês preferirem) por orquestrar de forma a fazer as coisas acontecerem e por Fábio ter herdado o meu amor pelas artes marciais.
Pedi pra ele fazer uma postura para a foto “seu último movimento com a faixa branca” e ele fez Shuto Uke, brindo a vocês com essa imagem. Desejo ao pequeno sucesso e quero deixar o registro de que farei o possível para apoiá-lo no caminho que outrora também trilhei e ainda trilho.

Parabéns “John”! Oss.