Hoje é o dia da Mãe D’água, Dona Yemenjá, Senhora dos mares, divindade encontrada em várias culturas com diversos e diferentes nomes. Cresci assistindo a festa no Rio Vermelho, onde milhares de pessoas se reuniam para saudar Yemanjá, e “cumê água” ao som de muito reggae, era uma época bacana, boemia, não para mim, pois o que eu gostava mesmo era nadar nas águas sujas da Colônia de Pesca Z1, local que ficava repleto de gente de todo tipo, muito fies, muitos candomblecistas, umbandistas, turistas e curiosos. Tenho saudades daquele tempo, pois hoje a festa não é mais a mesma, a casa onde minha família morou por muitos anos é um antiquário(ou algo assim), há alguns dez, quinze anos atrás a casa enchia de gente "do Santo" como minha mãe chamava o pessoal que ia lá em casa, visitá-la antes ou depois de entregar suas oferendas.
Na ladeira da Travessa Prudente de Moraes em memoráveis “dois de fevereiros” vivi momentos inesquecíveis, quase sempre momentos alegre, eventualmente momentos tensos, quando a confusão ali se instalava, mas sempre em menor quantidade do que as horas onde as pessoas dançavam e pulavam alegres no ritmo das ondas do mar. Hoje eu não poderei estar lá, Sei que minha mãe Yemanjá irá compreender que preciso trabalhar e que mesmo não sendo o primeiro a saudá-la certamente não serei o último. Que o Rio Vermelho reviva seus áureos momentos em 2010, com alegria e brilho com as bênçãos da Mãe D’água.
Odo Ya!
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