segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eu e o JiuJitsu.

Há aproximadamente dois meses comecei a conhecer a “arte suave”, o JiuJitsu, na sua versão mais eficiente, o Brasilian JiuJitsu (ou simplesmente BJJ), este estilo de arte marcial é uma adaptação do Jiujitsu tradicional japonês e é uma versão aprimorada e mais objetiva de técnicas. Comecei porque sentia falta de atividade física e de desafios, quem me conhece sabe que tenho uma verdadeira adoração pela cultura oriental como um todo e em especial curto muito artes marciais de qualquer tipo, me considero um guerreiro, não só por causa das lutas(Karatê, Tae Kwon-Dô, Muay Thay, Kick Boxing, Boxe e Capoeira e agora o BJJ), mas pela minha história pessoal de superação, nem melhor nem pior que a de ninguém, mas só eu sei onde o MEU calo aperta. O BJJ mostrou-me que é importante ser inteligente, forte, ágil e técnico, acima de tudo.
Todas as artes marciais levam seus praticantes, cada uma a seu modo, ao encontro consigo mesmo e com suas forças e fraquezas, sinceramente eu havia me esquecido como era isso na prática, mas hoje me regozijo em ter isto novamente, supero(ou pelo menos tento me superar) diariamente, aprendendo pela repetição dolorosa das técnicas e sinto que quero cada vez mais passar isso para o meu fazer diário, para toda a minha vida.
Mas o que me trouxe aqui, para escrever sobre o BJJ foi o cara que primeiro me ensinou o que era um “arm lock”, um instrutor que covardemente usou de má fé para quase encerrar minha carreira logo no início. Assisti uma aula de BJJ e me apaixonei pela eficiência, já conhecia , obviamente, a arte, mas nunca tinha visto com os olhos maduros que tenho hoje. Comecei a treinar com muita dificuldade, pois não estava muito bem de saúde e na minha quarta aula o referido instrutor, ao qual prefiro não citar o nome, fez “uma aula diferente” ensinando cotoveladas e chutes(????) Quem conhece o BJJ sabe que não há nenhuma técinica de chutes ou cotoveladas, mas eu tendo a confiar nas pessoas e como não conhecia muito me joguei de cabeça naquela fatídica sexta-feira, o que houve na verdade foi que levei tanto chute na parte posterior da minha coxa que fiquei quinze dias sem sequer conseguir andar direito. Como eu tenho mais sorte do que juízo ainda fiz duas aulas com a perna lesionada(na segunda e quarta-feira), mas na sexta-feira seguinte fui até a academia e disse: “Oh ----- , queria te mostrar porque na última aula eu me joguei no chão antes de receber o golpe e porque eu não vou treinar nem hoje, nem amanhã, e talvez nunca mais contigo” Mostrei-lhe, em frente a toda turma como estava minha perna completamente roxa atrás do joelho. Um aluno que não que não foi no último treino perguntou: “o que foi isso, chave de joelho?” Eu disse não foi chute, e ele: “mas não tem chute no jiujitsu não”. O “professor” ficou visivelmente constrangido e retrucou: “Isso é porque vc não está acostumado”. Caraca!!! Tenho trinta e quatro anos, já fui terceiro colocado em campeonato baiano de Karatê, treinava quatro horas por dia cinco vezes por semana, sempre fui muito aplicado a tudo que me propunha a fazer conheço muito de arte marcial e ele vem me dizer... fala sério viu? O que eu gostaria de registrar aqui é que graças a Deus encontrei outro professor, formador de campeões e com compromisso com a arte, fiz dez seções de fisioterapia, voltei aos poucos, mas já estou prontinho de novo, mas não para outra, pois errar uma vez é humano e no caso de uma luta pode significar nocaute.
Mais uma vez uso este blog como um desabafo e me sinto melhor ao acabar de escrever, obrigado por ler o que eu escrevo.

OSS...

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