A saudade é um sentimento interessante, na verdade é um complexo de sentimentos e lembranças confusas e algumas vezes fantasiosas sobre o que sentimos falta. Sempre tem um pouco de romance na saudade, e sendo assim sempre terá uma hipérbole ali perto.
Acho curiosa também a diferença entre lembrar e sentir saudades... A gente lembra de um monte de coisa inútil, tipo senha de conta no banco, fórmula do cálculo de delta, nomes das capitais de pelo menos cinco estados brasileiros e que o grafite e o diamante se diferem apenas pelo tipo de ligação entre suas moléculas de carbono, mas ninguém sente saudades dessas informações, a gente sente saudades das sensações, de boas lembranças, de como nos sentimos quando estamos sentados olhando o mar quebrar na praia, do jeito como alguém nos olha, nos toca, ou fala conosco... A saudade do violão não é da "coisa" violão, é do som que ele faz, é de quem estava tocando, onde e quando estávamos ouvindo o seu som... E por falar em som, me remeto aos outros sentidos que mexem com nosso imaginário e podem despertar saudades soluçantes, como ver algo, sentir o cheiro, o sabor ou uma queda pode ter fazer sentir saudades de como seus parentes cuidavam de vc quando se machucava, tudo depende do intrincado e misterioso processo pessoal de associações que nossa mente, corpo e espíritos fazem, quando transformam uma "mera lembrança" num forte lampejo de saudade.
Mas o melhor de tudo é que, seja lá o que aconteceu pra nos fazer sentir saudade, aconteceu de uma forma que queremos guardar para sempre conosco, mesmo que nunca mais sintamos aquele cheiro, aqueles lábios(daquele jeito), aquele toque, mesmo que não vejamos mais aquela(s) pessoa(s), ainda assim os temos para sempre em nossa memória, em nossa caixinha de coisas boas, que podemos recorrer as vezes para sentir aquela "dorzinha gostosa"(as vezes nem tão "dorzinha" e nem tão "gostosa") que a gente convencionou chamar de saudade.
Vou usar esta ferramenta para desabafo pessoal, tentarei através deste blog mostrar um pouco de como eu penso a vida que vivo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Realmente... é mais difícil assim.
Gosto do real, acho o imaginário fofinho e tudo, mas o real é melhor. O mundo é complicado, a maioria das coisas existem a partir do nosso imaginário e, portanto, do nosso ponto de vista, mas isso é só como percebemos essas coisas e não como elas são de fato.
Eu observo mesmo e muito, gosto de ver os movimentos... Das ondas, das nuvens, dos veículos, dos olhos alheios e principalmente dos corpos, mas não somente o deslocamento deles no espaço, gosto de observar no tempo, como com o passar do tempo os corpos movem-se de forma diferente... Gosto de notar como se adaptam as circunstâncias e movem-se os conceitos, como o não conseguir algo frustra uns e estimula outros.
Tudo isso pra mim está intimamente relacionado ao real, a noção que cada ser humano tem da realidade, como cada um apreende o mundo que o cerca, ou simplesmente rejeita, ignora, negligencia e prefere o mundo da imaginação que uma hora ou outra precisa confrontar com o mundo real e ai... Tristeza, melancolia, desilusões e depressões abraçam o sonhador.
Não sou contra os sonhos, gosto deles, mas não me perco neles, sonhos são símbolos, sinais que podem indicar um caminho a seguir, ou a deixar de seguir, pode até ser uma bússola, mas não pode ser tudo, pois tudo é muita coisa pra não ser nada além de sonhos
Eu observo mesmo e muito, gosto de ver os movimentos... Das ondas, das nuvens, dos veículos, dos olhos alheios e principalmente dos corpos, mas não somente o deslocamento deles no espaço, gosto de observar no tempo, como com o passar do tempo os corpos movem-se de forma diferente... Gosto de notar como se adaptam as circunstâncias e movem-se os conceitos, como o não conseguir algo frustra uns e estimula outros.
Tudo isso pra mim está intimamente relacionado ao real, a noção que cada ser humano tem da realidade, como cada um apreende o mundo que o cerca, ou simplesmente rejeita, ignora, negligencia e prefere o mundo da imaginação que uma hora ou outra precisa confrontar com o mundo real e ai... Tristeza, melancolia, desilusões e depressões abraçam o sonhador.
Não sou contra os sonhos, gosto deles, mas não me perco neles, sonhos são símbolos, sinais que podem indicar um caminho a seguir, ou a deixar de seguir, pode até ser uma bússola, mas não pode ser tudo, pois tudo é muita coisa pra não ser nada além de sonhos
sábado, 21 de novembro de 2015
Pensando em cores...
Acho engraçado gente que se acha branca porque tem a pele clara... Ontem foi dia da consciência negra e fiquei pensando se escreveria ou não a respeito disso, porque muito já foi dito e escrito sobre isso, mas não pude me furtar a escrever esse texto.
Fiquei aqui lembrando do que li e das reportagens e filmes que vi sobre a história escrota da escravidão, especialmente relacionada ao povo negro, pensei em Mandela, Djavan, Gilberto Gil, meus avós paternos, nas mulheres e criança vendidas como quilos de bundas aos europeus, na grande massa de alunos que tenho e, lógico, pensando em mim mesmo... A verdade é que não é fácil ter a pele escura, temos que manter a consciência dessa dificuldade e LUTAR(demorei um pouco pra escrever essa palavra, procurando algo adequado, mas não poderia ser outra) todo dia fazer que o mundo compreenda nosso valor.
Consciência negra para mim é ver minha prima "sarará" e pessoas como o meu filho (que têm pele clara, mas que são negros em essência) combatendo o bom combate por um mundo mais justo para todos os humanos de todas as "cores".
Fiquei aqui lembrando do que li e das reportagens e filmes que vi sobre a história escrota da escravidão, especialmente relacionada ao povo negro, pensei em Mandela, Djavan, Gilberto Gil, meus avós paternos, nas mulheres e criança vendidas como quilos de bundas aos europeus, na grande massa de alunos que tenho e, lógico, pensando em mim mesmo... A verdade é que não é fácil ter a pele escura, temos que manter a consciência dessa dificuldade e LUTAR(demorei um pouco pra escrever essa palavra, procurando algo adequado, mas não poderia ser outra) todo dia fazer que o mundo compreenda nosso valor.
Consciência negra para mim é ver minha prima "sarará" e pessoas como o meu filho (que têm pele clara, mas que são negros em essência) combatendo o bom combate por um mundo mais justo para todos os humanos de todas as "cores".
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Pensando em rimas
Estava eu pensando sobre aquelas pessoas que passam pela gente na rua, gente como a gente, que vive cada um de forma diferente, escolhendo ou sendo levado por caminhos divergentes, subindo ou descendo as ladeiras, plantando suas sementes, passeando pelas vielas da mente, ora alegres ora tristemente.
É curioso como os olhos dessas pessoas acusam algumas das suas angústias viventes, mesmo quando suas bocas nos mostram sorrisos dementes e o amarelo dos seus dentes, mas nada disso é convincente e o que importa é a possibilidade premente de uma mudança vigente dessa gente que passa pela gente.
É curioso como os olhos dessas pessoas acusam algumas das suas angústias viventes, mesmo quando suas bocas nos mostram sorrisos dementes e o amarelo dos seus dentes, mas nada disso é convincente e o que importa é a possibilidade premente de uma mudança vigente dessa gente que passa pela gente.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
LIQUEFAZENDO
As vezes me toma a poesia
Como se fosse eu um copo com água
E ela, um passeante no deserto...
Sinto-me consumir pelos versos
Sinto mais do que embebido, bebido
Perdendo o que tenho para as palavras que me tomam
Assim me perco em mim mesmo
Por mais clichê que isso possa parecer
Ao meu redor tudo transborda poesia
O copo encima da pia, a bolsa no canto vazia
Os dedos escorregando no violão
Querendo outro destino... sei não
Uma nuca desnuda, uma cintura macia
Fecho os olhos pra sentir o cheiro da poesia
As palavras dançam no escuro da minha mente
Enquanto ávido e consciente penso porque tanta gente
Deixa semente que não quer cultivar
Mas questões densas não me servem,
Apesar de querer entender o cerne
Melhor mesmo é viver entre palavras e notas e acordes,
Pois quando acordo do meu devaneio ainda tem poesia aqui
Ali e acolá, em Teresina, no Piauí, ou pertinho do Guarujá
E enquanto alguns choram eu rio
Rio por onde passam peixes e histórias,
Águas de todos os meses, de todas as estações
Restos de tocos e pés dos vizinhos,
E fluindo como água que se acaba no copo onde a bebemos
Acabam-se os versos num surto pequeno
De nexo duvidável e métrica lastimável
Foi-se ao mundo a angustia de um momento
Fábio Bispo, 26/09/2015. Sábado, 6:23h.
Como se fosse eu um copo com água
E ela, um passeante no deserto...
Sinto-me consumir pelos versos
Sinto mais do que embebido, bebido
Perdendo o que tenho para as palavras que me tomam
Assim me perco em mim mesmo
Por mais clichê que isso possa parecer
Ao meu redor tudo transborda poesia
O copo encima da pia, a bolsa no canto vazia
Os dedos escorregando no violão
Querendo outro destino... sei não
Uma nuca desnuda, uma cintura macia
Fecho os olhos pra sentir o cheiro da poesia
As palavras dançam no escuro da minha mente
Enquanto ávido e consciente penso porque tanta gente
Deixa semente que não quer cultivar
Mas questões densas não me servem,
Apesar de querer entender o cerne
Melhor mesmo é viver entre palavras e notas e acordes,
Pois quando acordo do meu devaneio ainda tem poesia aqui
Ali e acolá, em Teresina, no Piauí, ou pertinho do Guarujá
E enquanto alguns choram eu rio
Rio por onde passam peixes e histórias,
Águas de todos os meses, de todas as estações
Restos de tocos e pés dos vizinhos,
E fluindo como água que se acaba no copo onde a bebemos
Acabam-se os versos num surto pequeno
De nexo duvidável e métrica lastimável
Foi-se ao mundo a angustia de um momento
Fábio Bispo, 26/09/2015. Sábado, 6:23h.
domingo, 13 de setembro de 2015
"Fecha a conta e passa a régua"
Ontem, dia 12 setembro de 2015, mais um ciclo se fechou... Apresentei o trabalho de conclusão de curso da Especialização em Metodologia do Ensino em Educação Profissional, um curso oferecido pelo governo do Estado da Bahia em Parceria com a Universidade do Estado da Bahia(UNEB), devo confessar que estava especialmente tenso, creio que essa tensão decorreu do fato de eu ter que fazer mudanças no trabalho faltando poucos dias para apresenta-lo(pois durante o período que deveria ser assistido fiquei sem orientação), entretanto, mesmo com todo nervosismo eu consegui e parafraseando Galvão Bueno “ACABOOOU.. É TETRAAAA!!!” sim, sou tetra especialista, Metodologia do Ensino da Educação Física em 2002, Gestão Educacional em 2012, Novas Tecnologias da Educação e Metodologia do Ensino em Educação Profissional ambos em 2015. Esse texto é para agradecer, primeiramente a Força Motriz do Universo(que muitos convencionam chamar de “Deus”) e as demais forças me fizeram manter o rumo nesta caminhada, pois devido as circunstâncias que envolveram este curso considero uma grande vitória eu ter ficado até o final, muita coisa legal e muita coisa estranha aconteceu, mas o que realmente ficou foram as pessoas que conheci e o que me foi compartilhado por elas, desde os colegas de classe, passando pelos professores, pelos funcionários da UNEB mais próximos a nós até chegar nos grandes autores, teóricos do Currículo, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos, Marxismo, Fordismo e tantos outros “ismos”. Um adendo especial de agradecimento a compreensão (nem sempre presente) da minha família, pois durante o curso tive várias noites em que não dormia em casa... Estou feliz e aliviado por ter terminado, agora é se organizar para partir pra um mestrado, doutorado e melhoria da minha qualificação pessoal e profissional.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
69
Esses dias estou especialmente sexual, como se estivesse de TPM(risos)... não sei se vocês sabem mas a Tensão Pré-Menstrual expõe muito as mulheres, pois elas além de ficarem mais irritadas também ficam com a libido mais aguçada, é lógico que se você é mulher já deve ter notado isso, e caso não tenha percebido, certamente prestará mais atenção a partir de ler isso aqui. O fato é que a programação biológica da mulher não foi feita para que ela menstruasse, o óvulo é liberado para ser fecundado, portanto o inchaço nas mamas e o desejo sexual são sinais(o primeiro para nós machos e o segundo para elas mesmas) que avisam, mesmo que de forma inconsciente, de que “está na hora”, entretanto quando ela não pratica sexo, ou o faz sem ser fecundada, seu útero “chora lágrimas de sangue” por não ter dentro de si a centelha divina da vida humana. Mas não quero dar aula de biologia, reprodução ou fertilização, quis escrever esse texto só de zoeira mesmo, usei a expressão “machos” ali encima deliberadamente, pois tenho amigas feministas que devem ter revirado os olhos quando leram aquilo, mas não “aquela” revirada de olhos bacana, a outra... que vem junto com um “Aff Fábio, até você!”. Esse texto é uma homenagem ao 69, como eu costumo dizer ao “tanto faz virando ou desvirando”, fiz uma publicação agorinha e notei que era meu sexagésimo oitavo texto, então pensei.. “Ah vou fazer um 69 AGORA!” Ei-lo, nada de especial(como todos os outros), mas nem são sete da manhã de segunda-feira e eu já fiz um 69 hoje, pra mim é uma boa maneira para começar o dia.
Sinceramente...
Esse lance de sinceridade é engraçado... Quer dizer, engraçado não, é foda! E como uma foda, pode ser muito boa ou bem traumática. O tempo todo as pessoas propagam aos ventos de todas as direções que lidam com gentes falsas, mentirosas e que todos deveríamos ser mais sinceros, mas quando você usa da sua sinceridade como requisito para estabelecimento de sua paz interior, ai a merda tá feita, as pessoas reclamam, porque na verdade elas não querem sinceridade, querem sim mediocridade e conformidade com seus pensamentos, muitas vezes mesquinhos e hipócritas. Daqui do meu mundinho lamento e sigo falando o que penso, sem culpa e relaxado ao ponto de ter paz quando ponho minha cabeça no travesseiro.
domingo, 23 de agosto de 2015
"As treta" da vida(e a concordância que se exploda)!
A vida é cheia de "treta", as vezes estamos andando pela rua distraídos, pensando em chegar em casa pra descansar, ou simplesmente olhando as pessoas passando por ai, por ali e acolá e de repente, não mais que de repente, esbarramos numa outra realidade, uma outra vida cheia de suas próprias histórias e percebemos que o incômodo é latente, apesar de disfarçado em sorrisos, ele está ali, remoído e quem sabe até mesmo cristalizado, mas ainda assim... está ali.
Quando confrontados com essa novidade o que fazer? O que faria qualquer ser humano oras: tentar(de alguma forma) ajudar a dissipar, diluir, fazer o incômodo desaparecer, entretanto não estamos peneirando farinha, há uma pessoa cheia da mais bela subjetividade que caracteriza o ser humano, e portanto, difícil... ajudar dependente do desejo de querer ser ajudado e dependente de alguns outros desejos que podem surgir se rola afeto pelo(a) nosso(a) interlocutor(a)...
De qualquer forma o importante é ao menos tentar, mas não com o objetivo de tentar, aquele fazer por "obrigação"(saliento as aspas) e sim tentar imbuído do intuito de conseguir efetivamente ajudar o(a) outro(a). Não é fácil, mas vale a pena... tem vezes até que vale a avestruz inteira(porque tem penas maiores).
Quando confrontados com essa novidade o que fazer? O que faria qualquer ser humano oras: tentar(de alguma forma) ajudar a dissipar, diluir, fazer o incômodo desaparecer, entretanto não estamos peneirando farinha, há uma pessoa cheia da mais bela subjetividade que caracteriza o ser humano, e portanto, difícil... ajudar dependente do desejo de querer ser ajudado e dependente de alguns outros desejos que podem surgir se rola afeto pelo(a) nosso(a) interlocutor(a)...
De qualquer forma o importante é ao menos tentar, mas não com o objetivo de tentar, aquele fazer por "obrigação"(saliento as aspas) e sim tentar imbuído do intuito de conseguir efetivamente ajudar o(a) outro(a). Não é fácil, mas vale a pena... tem vezes até que vale a avestruz inteira(porque tem penas maiores).
domingo, 16 de agosto de 2015
Abrace o dia,
Acorda cedo pode ser chato, e dependendo de como(e que horas você dormiu) pode ser também desgastante, mas ai já não é culpa do horário é culpa da administração que fazemos do nosso tempo, entretanto não há como negar que existe uma magia em acordar cedo, há um encantamento (“Biribikan Katabanta”) em ver o sol surgindo, em sentir aquele cheirinho diferenciado do céu antes das 6h. O que me chama atenção de fato não são os fenômenos naturais, climáticos e estratosféricos que ocorrem do lado de fora do meu pequeno e aconchegante lar, mas o que está ali dentro... meus filhos dormindo!
Quantas e quantas vezes eu parei na porta dos quartos dos meus filhos para vê-los ressonar, observando sua respiração tranquila, enquanto o mundo lá fora arde em caos, borbulha em crueldade e se dizima em violência gratuita e sem freios... quantas tantas vezes eu chorei na porta dos quartos, não por sentir dor, ou tristeza, mas por estar feliz em ver que meus pequenos estavam ali perto, a distância de poucos passos, dormindo tranquilos, talvez sonhando seus sonhos infantis e se revigorando para enfrentar mais um dia no momento em que eles acordassem, tinha vontade de acordá-los com beijos e dizer que os amo, mas eles sabem e estão dormindo, não seria justo.
Muitas outras vezes, depois de olhar pra eles por alguns instantes apenas me arrumo para meus exercícios matinais, corrida ou jiu jitsu (dependendo do dia da semana) e saio para sentir na pele o bom dia do dia, um abraço gelado e cheio de possibilidades, que muda durante o avançar das horas, torna-se mais frouxo, porque as obrigações diárias não nos permite sorver da mesma forma o que as primeiras horas do dia nos dá... o que de fato queria escrevendo este texto era agradecer ao movimento de translação e rotação da terra, aos ventos, ao sol, às nuvens, ao ar, ou poderia simplesmente unir tudo isso num único nome e agradecer a Deus pelo dia, pelas primeiras horas do dia, por poder me fazer sentir essa energia inexplicável e intensa que vem com o abrir dos olhos e tomada da consciência de que somos poucos, pequenos, limitados, mas que ainda assim somos importantes o suficiente para recebermos o abraço de cada dia, todos os dias.
Quantas e quantas vezes eu parei na porta dos quartos dos meus filhos para vê-los ressonar, observando sua respiração tranquila, enquanto o mundo lá fora arde em caos, borbulha em crueldade e se dizima em violência gratuita e sem freios... quantas tantas vezes eu chorei na porta dos quartos, não por sentir dor, ou tristeza, mas por estar feliz em ver que meus pequenos estavam ali perto, a distância de poucos passos, dormindo tranquilos, talvez sonhando seus sonhos infantis e se revigorando para enfrentar mais um dia no momento em que eles acordassem, tinha vontade de acordá-los com beijos e dizer que os amo, mas eles sabem e estão dormindo, não seria justo.
Muitas outras vezes, depois de olhar pra eles por alguns instantes apenas me arrumo para meus exercícios matinais, corrida ou jiu jitsu (dependendo do dia da semana) e saio para sentir na pele o bom dia do dia, um abraço gelado e cheio de possibilidades, que muda durante o avançar das horas, torna-se mais frouxo, porque as obrigações diárias não nos permite sorver da mesma forma o que as primeiras horas do dia nos dá... o que de fato queria escrevendo este texto era agradecer ao movimento de translação e rotação da terra, aos ventos, ao sol, às nuvens, ao ar, ou poderia simplesmente unir tudo isso num único nome e agradecer a Deus pelo dia, pelas primeiras horas do dia, por poder me fazer sentir essa energia inexplicável e intensa que vem com o abrir dos olhos e tomada da consciência de que somos poucos, pequenos, limitados, mas que ainda assim somos importantes o suficiente para recebermos o abraço de cada dia, todos os dias.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Por que tem que ser desta forma?
Temo pelo futuro da humanidade; entristeço quando vejo e sinto o aumento vertiginoso da violência urbana, doméstica e sistêmica na sociedade mundial. O pior é perceber que as propostas para erradicar a violência utilizam cada vez mais o pressuposto da própria violência, mas a minha pergunta é: matando quem a pratica faremos um mundo mais pacífico? Sinto que infelizmente não é este o caminho, pois a agressividade é uma característica inerente ao homem, faz parte de sua natureza e o faz progredir diante dos desafios que a própria natureza lhe impõe, entretanto passar da agressividade(natural e até saudável) para a violência(covarde, perversa e descontrolada) é o que constitui o problema que nos deparamos e o qual tentamos, em vão, nos livrar desde os primórdios da bendita "racionalidade humana".
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Rolou um lance na Parada Gay de São Paulo que, me fez pensar em coisas.
Sobre a performance da transsexual, eu acho válida visto que foi bem fundamentada... essa analogia a Cristo aparece também em alguns filmes ditos "satânicos" como 'Matrix' e em um dos filmes da série 'O Homem Aranha', na pegada de um sacrifício feito em prol dos menos favorecidos, no caso de São Paulo a pegada foi mais pelo viés do escárnio e violência públicas, que sofreu o Nazareno(como sofrem os "GLBTXYZ"... é tanta sigla q eu não sei mais)
O que lamento é que estão tentando transformar tudo em "guerra santa", pessoas são estranhas mesmo, precisamos aprender a lidar com coisas estranhas como comer de garfo e faca, juntar dinheiro, mentir pra ser promovido, depilar sobrancelha, homossexualismo, cílios postiços, feijão de leite e tantas outras. Coisas que o homem cria tem significado pra algumas pessoas, é chato ter que brigar(ou ouvir brigas) por coisas não tão importantes e negligenciar atitudes hediondas como estupro, assassinato, violência contra crianças, tráfico de pessoas, chacinas, escravidão, essas coisas... lamento meRmo.
O que lamento é que estão tentando transformar tudo em "guerra santa", pessoas são estranhas mesmo, precisamos aprender a lidar com coisas estranhas como comer de garfo e faca, juntar dinheiro, mentir pra ser promovido, depilar sobrancelha, homossexualismo, cílios postiços, feijão de leite e tantas outras. Coisas que o homem cria tem significado pra algumas pessoas, é chato ter que brigar(ou ouvir brigas) por coisas não tão importantes e negligenciar atitudes hediondas como estupro, assassinato, violência contra crianças, tráfico de pessoas, chacinas, escravidão, essas coisas... lamento meRmo.
domingo, 24 de maio de 2015
Vida que segue, dor que ensina.
A morte mesmo sendo algo natural do ciclo da vida, tem uma missão difícil e importante, que é a de promover mudanças em quem ficou, é preciso ter força para chorar, para resistir ao sentimento, emoção ou sensação de vazio que o outro nos deixa, quando da sua partida, e isso não é fácil.
A Dona Morte não transforma quem foi em santo, mas transforma quem fica em guerreiro, pois o guerreiro de verdade sabe que o seu maior inimigo não está fora dele, e sim, repousa em seu peito: são seus medos, seus orgulhos e, no caso da perda de um companheiro de batalha, o buraco que fica pela falta que ele faz. A batalha é a vida, suas vicissitudes, suas surpresas e glórias, temos que honrar a vida em nome dos que foram, em memória deles, e pela paz dos que ficaram.
Descanse em paz Bia!
A Dona Morte não transforma quem foi em santo, mas transforma quem fica em guerreiro, pois o guerreiro de verdade sabe que o seu maior inimigo não está fora dele, e sim, repousa em seu peito: são seus medos, seus orgulhos e, no caso da perda de um companheiro de batalha, o buraco que fica pela falta que ele faz. A batalha é a vida, suas vicissitudes, suas surpresas e glórias, temos que honrar a vida em nome dos que foram, em memória deles, e pela paz dos que ficaram.
Descanse em paz Bia!
sábado, 16 de maio de 2015
A chuva nos expõe.
Escrevi esse texto no dia 15 de maio de 2015:
Estou aqui pensando como a chuva nos expõe ao medo de "perder", que vai desde o medo de perder a elegância da nossa arrumação para sair, passando pelo medo de perder o horário, medo de perder o controle numa poça d´água, medo de perder uma coisa, uma casa, um sonho, a quem tema diante da chuva perder o que realmente importa, a vida; isso porque a chuva nos expõe, mas não que seja algo ruim, pois o medo é só um sentimento que nos trava ou impulsiona... pensemos no medo pelo outro, que teve seus pertences destruídos pela força das águas, esse medo nos remete a solidariedade, ao compartilhamento e nos faz exercitar nossa humanidade quando ajudamos nosso semelhante e nos sentimos encharcados de alegria por vencer o medo de nos molharmos.
Estou aqui pensando como a chuva nos expõe ao medo de "perder", que vai desde o medo de perder a elegância da nossa arrumação para sair, passando pelo medo de perder o horário, medo de perder o controle numa poça d´água, medo de perder uma coisa, uma casa, um sonho, a quem tema diante da chuva perder o que realmente importa, a vida; isso porque a chuva nos expõe, mas não que seja algo ruim, pois o medo é só um sentimento que nos trava ou impulsiona... pensemos no medo pelo outro, que teve seus pertences destruídos pela força das águas, esse medo nos remete a solidariedade, ao compartilhamento e nos faz exercitar nossa humanidade quando ajudamos nosso semelhante e nos sentimos encharcados de alegria por vencer o medo de nos molharmos.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Leio a mensagem zodiacal
Te gosto muitão, de um jeito aquariano meio libra, forte como um touro, que não teme o câncer, pois vivo com a cabeça nos aires quando lembro que mesmo não sendo gêmeo, tenho dois lados, como uma moeda, o bem e o mal. Queria nadar como peixe em suas águas, ora plácidas, ora revoltas e saltitar como um capricórnio, pois você como um escorpião deixou seu veneno em meu sangue quando a flecha lançada por um sagitário me fez virar os olhos e encarar sua força, fazendo-me sentir como se virgem fosse, e que se entregou ao prazer pela primeira vez e gostou e gozou e quis mais.
O Sol beijou a Lua num encontro improvável e o colapso das estrelas trouxe paz ao Universo.
O Sol beijou a Lua num encontro improvável e o colapso das estrelas trouxe paz ao Universo.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Em paz, quero mais.
As vezes tenho pensamentos estranhos, creio que isso ocorre com todo mundo, e ainda mais, creio que o “estranho” de um, pode ser o normal do outro. Não vou revelar as loucuras e os absurdos que me vem a cabeça nesse instante, mas gostaria de escrever um pouco só pra tentar relaxar, tirar o foco das estranhezas e contar como tenho passado meus dias, depois de seis longos anos sem férias... Se tem uma palavra que pode me definir quanto a isso é FELIZ, sinto-me útil para a inutilidade, capaz de não fazer nada e sem culpa por isso, desobrigado. Ontem fiz dois desenhos, um atendendo a um pedido de uma excelente desenhista e outro porque vi um filme na tv, sou muito crítico quanto ao meu trabalho, não ficaram ótimos, mas não posso negar que gostei de ter tempo para desenhar de novo.
O que me deixa um pouco aflito é o fato de, mais uma vez, estar lesionado, desta vez meu antebraço esquerdo apresenta um ardor e uma dor “fina” e constante que me impede de fazer o que certamente estaria fazendo agora se não tivesse dor, me impede de treinar, a idade é cruel quando se trata de recuperação de lesões, tenho certeza que com menos dez anos já estaria socando, chutando e rolando no tatame depois de no máximo 20 dias, mas lá se vai um mês da lesão e o pulso ainda... dói.
Hoje acordei cedo pra arrumar minhas coisas, mas parei pra escrever esse texto, agora retornarei às minhas obrigações, tem papéis para serem jogados fora, textos para serem relidos, canetas a serem encontradas, um monte de coisinhas para fazer, mas o bom é que posso fazer, sem pressa, sem me preocupar em adiantar uma coisa para fazer outra por causa do trabalho de amanhã, na verdade eu até trabalho amanhã, mas é só por um turno, a tarde estarei descansando, desenhando, escrevendo, vendo tv, amando, nadando, conversando ou qualquer outra coisa dessas que a gente faz quando tem tempo livre, viva as férias!
E a você que leu esse texto... PAZ e um bom dia(ou noite, sei lá)!
O que me deixa um pouco aflito é o fato de, mais uma vez, estar lesionado, desta vez meu antebraço esquerdo apresenta um ardor e uma dor “fina” e constante que me impede de fazer o que certamente estaria fazendo agora se não tivesse dor, me impede de treinar, a idade é cruel quando se trata de recuperação de lesões, tenho certeza que com menos dez anos já estaria socando, chutando e rolando no tatame depois de no máximo 20 dias, mas lá se vai um mês da lesão e o pulso ainda... dói.
Hoje acordei cedo pra arrumar minhas coisas, mas parei pra escrever esse texto, agora retornarei às minhas obrigações, tem papéis para serem jogados fora, textos para serem relidos, canetas a serem encontradas, um monte de coisinhas para fazer, mas o bom é que posso fazer, sem pressa, sem me preocupar em adiantar uma coisa para fazer outra por causa do trabalho de amanhã, na verdade eu até trabalho amanhã, mas é só por um turno, a tarde estarei descansando, desenhando, escrevendo, vendo tv, amando, nadando, conversando ou qualquer outra coisa dessas que a gente faz quando tem tempo livre, viva as férias!
E a você que leu esse texto... PAZ e um bom dia(ou noite, sei lá)!
sábado, 31 de janeiro de 2015
Só explicando um pouco
Os três últimos textos que publiquei foram incluídos numa pasta que tenho no meu notebook chamada "Depressão Criativa", alguns outros textos presentes nesse blog também fazem parte dessa bendita pasta. Tenho textos escritos sobre temas variados e escrevo sempre quando estou apaixonado, triste, entediado ou feliz, ou algo que os valha. Para mim o exercício de me expor através da escrita é importante, para não dizer imprescindível, mas é claro que existem algumas dezenas de "impublicáveis" como costumo chamar, pois tratam de uma profundidade que ninguém merece descer dentro do meu próprio ser, na verdade nem eu mesmo gosto de visitar esse lugar, entretanto, como estou sempre passeando em mim, as vezes me deparo com os buracos negros do minha própria pessoa. O período do final do ano de 2014, desde a queda na moto até bem pouco tempo atrás tem sido turbulento; hoje brinquei com uma amiga dizendo que "estava tão bem quanto um passageiro voando entre densas nuvens, dentro de uma aeronave de médio porte".
O bom disso tudo é que tenho certeza que assim como passam as horas, os dias, os meses, os anos, também passam as pessoas ruins, os problemas e ficam as lições, precisamos é estar atentos para fixar o aprendizado. A partir de hoje pretendo voltar a desenhar e de vez em quando vou publicar uma coisa ou outra por aqui.
O bom disso tudo é que tenho certeza que assim como passam as horas, os dias, os meses, os anos, também passam as pessoas ruins, os problemas e ficam as lições, precisamos é estar atentos para fixar o aprendizado. A partir de hoje pretendo voltar a desenhar e de vez em quando vou publicar uma coisa ou outra por aqui.
Para onde eles foram?
E de repente eles foram embora... todos eles, como se você tivesse contraído SIDA, ou pior, porque na doença fica a dó, a piedade, na verdade é muito pior, pois na doença eles se aproximam para saber de você, muito mais que a dó e a piedade, se aproximam por curiosidade, para fazê-lo lembrar de como você era quando tinha saúde...
Os amigos se foram, simplesmente sumiram, partiram dessa pra uma melhor... ou será que não? O que mudou então? Porque é notório que algo está diferente.
Sim, algo mudou, mas não foram eles que foram embora, foi você que notou que nunca os teve por perto, nunca foram seus, nunca te deram nada, ao contrário eles queriam de você, a sua força, inteligência, percepção e alegria, mas só estavam próximos quando os convinha estar, nunca levantaram uma espada para te defender, diferentemente de você que sangrou por eles.
Amizade é lealdade, confiança, amor e carinho, é o bom e velho bem querer, algo que há muito a sociedade renega em prol de um cargo, de algo fugaz, de qualquer coisa menos importante do que realmente importa em nossa breve e volátil passagem sobre essa Terra, o compartilhar de experiências, o favorecimento da harmonia nesse planeta, entre humanos e os outros animais e com o espaço que os cercam. Mas infelizmente não essa a visão que as pessoas tem ao se entenderem enquanto seres humanos, o que há é uma deturpação de valores, por preços, o que se pretende é acumulação de capital, status ou qualquer coisa que o valha, não importa quem você é, mas sim o quanto você tem e quanto você pode me favorecer a ter, e ai nessa lógica percebe-se que eles nunca foram amigos, foram vampiros vorazes pelo que poderiam sugar de você e que, simplesmente, depois que tiram tudo que conseguirem deixam-no ao relento da sua inutilidade.
Entretanto, você é forte e será capaz de recompor suas energias, vislumbrando a melhoria do planeta, a harmonia das pessoas e acreditando na amizade a tal ponto de se deixar enganar por outros vampiros, muito bem intencionados para sugá-lo novamente enquanto você exercita a esperança em encontrar e se unir a pessoas com caráter, honra e a crença no âmago de outro, ou até o dia em que sugem-no tanto que o que sobrará de você é a lembrança do que você fez.
Se os amigos compreendessem que não são os presentes, o dinheiro, o emprego, a promoção, a casa ou o carro que dizem quem você é e sim o ouvido atento, a palavra acalentadora, o abraço reconfortante e o silêncio companheiro que realmente contam, talvez não precisassem ir, e buscariam sim, aproximação e o aumento do que se chama círculo de amizades... Sinto muito por eles, rogo por discernimento para suas mentes atrofiadas pelo que é tangível e, portanto, finito.
Fábio Bispo, perto da desesperança, mas ainda no combate. 23/12/2014.
Os amigos se foram, simplesmente sumiram, partiram dessa pra uma melhor... ou será que não? O que mudou então? Porque é notório que algo está diferente.
Sim, algo mudou, mas não foram eles que foram embora, foi você que notou que nunca os teve por perto, nunca foram seus, nunca te deram nada, ao contrário eles queriam de você, a sua força, inteligência, percepção e alegria, mas só estavam próximos quando os convinha estar, nunca levantaram uma espada para te defender, diferentemente de você que sangrou por eles.
Amizade é lealdade, confiança, amor e carinho, é o bom e velho bem querer, algo que há muito a sociedade renega em prol de um cargo, de algo fugaz, de qualquer coisa menos importante do que realmente importa em nossa breve e volátil passagem sobre essa Terra, o compartilhar de experiências, o favorecimento da harmonia nesse planeta, entre humanos e os outros animais e com o espaço que os cercam. Mas infelizmente não essa a visão que as pessoas tem ao se entenderem enquanto seres humanos, o que há é uma deturpação de valores, por preços, o que se pretende é acumulação de capital, status ou qualquer coisa que o valha, não importa quem você é, mas sim o quanto você tem e quanto você pode me favorecer a ter, e ai nessa lógica percebe-se que eles nunca foram amigos, foram vampiros vorazes pelo que poderiam sugar de você e que, simplesmente, depois que tiram tudo que conseguirem deixam-no ao relento da sua inutilidade.
Entretanto, você é forte e será capaz de recompor suas energias, vislumbrando a melhoria do planeta, a harmonia das pessoas e acreditando na amizade a tal ponto de se deixar enganar por outros vampiros, muito bem intencionados para sugá-lo novamente enquanto você exercita a esperança em encontrar e se unir a pessoas com caráter, honra e a crença no âmago de outro, ou até o dia em que sugem-no tanto que o que sobrará de você é a lembrança do que você fez.
Se os amigos compreendessem que não são os presentes, o dinheiro, o emprego, a promoção, a casa ou o carro que dizem quem você é e sim o ouvido atento, a palavra acalentadora, o abraço reconfortante e o silêncio companheiro que realmente contam, talvez não precisassem ir, e buscariam sim, aproximação e o aumento do que se chama círculo de amizades... Sinto muito por eles, rogo por discernimento para suas mentes atrofiadas pelo que é tangível e, portanto, finito.
Fábio Bispo, perto da desesperança, mas ainda no combate. 23/12/2014.
UTOPIA DO AMOR ”PERFEITO”(?)
Correndo o risco de ser mal compreendido vou publicar esse texto, escrito em 22 de Dezembro de 2014 na verdade tô meio que nem cavalo em desfile, cagando e andando pra opinião de quem não me conhece e não me entende. Ei-lo:
Às vezes eu peço a Deus para entender o mundo que me cerca outras vezes rogo pela ignorância, pois ignorar nos faz mais felizes, não saber o que se passa ao nosso redor é menos doloroso do que constatar a hipocrisia, a perversidade, a morbidez e descaso presentes nas atuais relações dos homens e mulheres com eles mesmos e com o mundo que deveria ser bem melhor cuidado por eles, por ser o nosso lar.
Não é fácil para mim conviver comigo mesmo nesse mundo... sinto-me deslocado, como se pertencesse a um lugar entre um ali pertinho e o “tão, tão distante”, e tudo isso porque as coisas são possíveis, mudar é possível, viver é possível, mas definitivamente não é fácil, principalmente quando estabelecemos relações de interdependência biopsicossociais e econômicas que nos cerceiam ao invés de promover melhoria na qualidade de vida. A verdade é que deveria ser bem mais fácil amar, deveria sim ser algo unilateral, sem a prerrogativa do ser amado do ser enquanto verbo, pois se você simplesmente amasse, sem se preocupar com reciprocidade, com aceitação do seu amor e sem criar expectativas quanto a quem(ou o quê) você ama, ai sim não haveria decepções. Amor e desapego convivendo numa harmonia estranha, mas benéfica em prol exclusivamente de quem ama, só que o mundo é um ambiente imundo recheado de impurezas, incertezas e tantas outras coisas que nos levam a tristeza, fazendo da felicidade um bálsamo etéreo, fugaz e tão necessário quanto o ar em uma crise de asma.
Às vezes eu peço a Deus para entender o mundo que me cerca outras vezes rogo pela ignorância, pois ignorar nos faz mais felizes, não saber o que se passa ao nosso redor é menos doloroso do que constatar a hipocrisia, a perversidade, a morbidez e descaso presentes nas atuais relações dos homens e mulheres com eles mesmos e com o mundo que deveria ser bem melhor cuidado por eles, por ser o nosso lar.
Não é fácil para mim conviver comigo mesmo nesse mundo... sinto-me deslocado, como se pertencesse a um lugar entre um ali pertinho e o “tão, tão distante”, e tudo isso porque as coisas são possíveis, mudar é possível, viver é possível, mas definitivamente não é fácil, principalmente quando estabelecemos relações de interdependência biopsicossociais e econômicas que nos cerceiam ao invés de promover melhoria na qualidade de vida. A verdade é que deveria ser bem mais fácil amar, deveria sim ser algo unilateral, sem a prerrogativa do ser amado do ser enquanto verbo, pois se você simplesmente amasse, sem se preocupar com reciprocidade, com aceitação do seu amor e sem criar expectativas quanto a quem(ou o quê) você ama, ai sim não haveria decepções. Amor e desapego convivendo numa harmonia estranha, mas benéfica em prol exclusivamente de quem ama, só que o mundo é um ambiente imundo recheado de impurezas, incertezas e tantas outras coisas que nos levam a tristeza, fazendo da felicidade um bálsamo etéreo, fugaz e tão necessário quanto o ar em uma crise de asma.
DECEPÇÃO(Esse texto foi escrito em 27 de Novembro de 2014)
Algumas vezes (muitas vezes inclusive) fico me perguntando sobre o porquê das pessoas se decepcionarem tanto com as outras, na verdade eu sei porque, mas gostaria que o meu leitor(minha leitora) entendesse isso definitivamente. A decepção ocorre porque nós criamos EXPECTATIVAS, mas o mais importante dessa frase não é a palavra expectativa e sim a palavra NÓS, precisamos entender que ninguém nos decepciona, o que ocorre é que nos decepcionamos, somos nós que criamos a bendita expectativa.
Quando passamos a confiar, toda nossa atitude muda em relação ao outro, não importa quanto tempo essa confiança demore pra chegar, pode ser rapidamente, ou pode demorar um pouco mais, ou pode demorar anos, quando ela se instaura ai sim temos um problema, porque a partir daí idealizamos alguém que(por confiarmos) não será capaz de um ato que deturpe, desabone ou obscureça sua conduta e é ai que mora o perigo! A maioria das pessoas querem saber da sua vida não para ajudá-lo(a) ou para te dar forças em seus momentos de fraqueza, mas para terem armas para usarem contra você num momento de fraqueza delas.
Não queria escrever esse texto com tanta amargura quanto a que oprime o meu peito neste instante, mas me decepcionei, criei a maldita expectativa de confiar em alguém que, dissimuladamente se fingiu de amiga e num bote certeiro e fatal(por não compreender meu jeito de ser) preferiu me acusar de coisas as quais eu não fiz, sem sequer ouvir o meu lado da história, mas por que isso dói tanto? Porque é uma dor alimentada pela a mais pura CONFIANÇA.
A Energia Maior que rege o universo, que alguns podem chamar de Deus é a lei mais infalível de todas, a lei do retorno e que pode ser compreendida pelo adágio: “A semeadura pode ser aleatória, mas a colheita é obrigatória”
#Triste
Quando passamos a confiar, toda nossa atitude muda em relação ao outro, não importa quanto tempo essa confiança demore pra chegar, pode ser rapidamente, ou pode demorar um pouco mais, ou pode demorar anos, quando ela se instaura ai sim temos um problema, porque a partir daí idealizamos alguém que(por confiarmos) não será capaz de um ato que deturpe, desabone ou obscureça sua conduta e é ai que mora o perigo! A maioria das pessoas querem saber da sua vida não para ajudá-lo(a) ou para te dar forças em seus momentos de fraqueza, mas para terem armas para usarem contra você num momento de fraqueza delas.
Não queria escrever esse texto com tanta amargura quanto a que oprime o meu peito neste instante, mas me decepcionei, criei a maldita expectativa de confiar em alguém que, dissimuladamente se fingiu de amiga e num bote certeiro e fatal(por não compreender meu jeito de ser) preferiu me acusar de coisas as quais eu não fiz, sem sequer ouvir o meu lado da história, mas por que isso dói tanto? Porque é uma dor alimentada pela a mais pura CONFIANÇA.
A Energia Maior que rege o universo, que alguns podem chamar de Deus é a lei mais infalível de todas, a lei do retorno e que pode ser compreendida pelo adágio: “A semeadura pode ser aleatória, mas a colheita é obrigatória”
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