Vou usar esta ferramenta para desabafo pessoal, tentarei através deste blog mostrar um pouco de como eu penso a vida que vivo.
domingo, 27 de março de 2016
Vamos ter uma conversinha?
Olá meus amiguinhos, e minhas amiguinhas, hoje iremos falar sobre algo que pode estar acontecendo na sua casa, na sua rua, escola, igreja, ou no seu trabalho, não é um assunto muito legal, mas precisaremos falar disso, mais cedo ou mais tarde. Já que é assim, acho melhor começarmos logo, ok? Pois bem, falaremos sobre aquelas pessoas que se acham importantes, mas não porque são seres portadores de inteligência notável, nem de humanidade altruísta, ou sequer daquelas pessoinhas que eventualmente respeitam a opinião alheia, falo daquelas pessoas que SE ACHAM(permitam-me a caixa alta) importantes por que têm algo que você não tem, no que se refere a algo material... Poxa, essas pessoas são chatas, não é verdade?
Um automóvel, um celular, ou um diploma universitário às vezes deixam as pessoas obnubiladas, incapazes de enxergar que a importância das pessoas não está nas coisas que elas tem, não importa quanto dinheiro se tem, qual sua orientação sexual, a cor da pele, seu tamanho em estatura, ‘peso’ em quilogramas, quociente intelectual ou essas bobagenzinhas... Sei que é difícil conviver com esse tipo de “gente” que as vezes é diferente da gente, mas que as vezes é igual a gente. Sim meus amiguinhos e minhas amiguinhas, às vezes (e só às vezes) a gente também se deixa levar pela importância que damos às coisas, as efêmeras, palpáveis e perecíveis, mas na maior parte das vezes não notamos e acusamos o outro, a outra, “odiamos” a atitude de alguém que pode só eventualmente estar nos lembrando de como nós somos falhos. Que merda ler isso não é mesmo?
Então vamos tentar focar nas nossas vidinhas, não é mesmo? Tentar nos melhorar enquanto seres humanos, cheios de defeitos, mas respeitando as opiniões e desejos alheios, contanto que esses desejos e opiniões não firam o nosso direito de ter opiniões e desejos também. Seria tão maneiro se parássemos de culpar os outros das nossas imperfeições, das nossas limitações, mas o tio vai pedir só isso pra vocês hoje, tá certo? Um pouco de introspecção e autoconhecimento para não valorizar coisinhas sem valor.
Fiquem bem e lembrem-se de escovar os dentes após as refeições, mas se não der faz um bochecho que também ajuda até poder escovar tá bem? E nada de praguejar contra a mamãe em pensamento, “papai do céu" tá vendo hein?
"Páscoa, né? Tá Serto!"
É curioso como todo mundo fica santo durante a "semana santa", ficam religiosos, condescendentes, solícitos, reflexivos e tocados (acho que só pode ser pela "Paixão de Cristo")... Da minha parte eu gosto é dos feriados.
Acho até fofinhas todas as estórias descritas na bíblia, mas me assombro com suas interpretações, o potencial criativo e ambivalente das escrituras é aterrorizante e ao mesmo tempo fascinante.
Seria fantástico se no domingo de Páscoa renascesse também aquela inocência infantil que permite afagos sinceros, que oferece sorrisos despretensiosos e que reparte com o desconhecido o que, por ventura, lhe esteja sobrando, mas infelizmente é bem mais fácil falar do amor de Cristo, do sacrifício DELE e "blá blá blá"...
A maioria das pessoas que buscam Cristo querem alento para suas angústias e eu, sinceramente, espero que encontrem, mas queria que encontrassem também a compreensão das mensagens escritas no livro que para muitos é sagrado e que para tantos outros é mais uma mercadoria a ser negociada em troca de salvação, ou pior, um escudo onde estes hipócritas escondem suas vis perversidades e atrocidades.
Será que é tão difícil entender: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."(Efésios 2:8-9) Porra, tá no livro que vocês leem e veneram, não é pelos outros que serás salvo, é pela tua fé... Mas ninguém lembra de nada disso, uns se perdem nos seus desesperos, enquanto os outros, aproveitadores, vendem indulgências e bilhetes para a vida eterna, abusando da fragilidade alheia para se favorecerem e isso é asqueroso.
Eu ando tão cheio dessa hipocrisia religiosa que estou ficando chato, mas como ninguém é obrigado a conviver comigo e muito menos ler o que escrevo, vou destilando minha amargura, "aporrinhamento" e inquietações nessas mal traçadas linhas.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Querer é só querer, poder é f*da!
Tem gente que diz que quer provas de amor, outros se interessam por mentiras sinceras, mas na verdade eles não sabem o que querem, porque de fato nunca experimentaram o amor, essa coisa chata que ignora qualquer esforço em tentar compreendê-lo, mas não posso culpá-los(quem sou eu para culpar alguém além de mim mesmo), os corações dessas pessoas estão cheios de espaços vazios e não permitem nada mais que sangue venoso e arterial intercalando-se em esvaziar para evitar e diástole da paixão, a plenitude poética do amor. Não falo aqui do amor sem medidas, sem razão, sem porquê, mas sim do amor desmarcado, racionalmente insano e porque sim.
Queria que as pessoas no mundo tivessem mais amor, mais bem querer, mais desejo de serem melhores, umas com as outras, mas o que importa o que eu quero? O que importa o que o mundo precisa? Se as pessoas estão preocupadas em parecerem o que não são diante de outras que elas sequer conhecem... Aquele pensamento "agora sim, eu vou arrasar", depois de horas se transformando em outra pessoa antes de sair de casa... Você vai arrasar com quem, infeliz? Pra mim você está arrasando a sua auto-imagem, o seu respeito próprio, em nome de alguém que as vezes você nem sabe o nome.
Lastimo por vocês (e notei que tenho lastimado muito ultimamente) que nunca se amaram ou pelo menos desejaram o melhor para vocês mesmos, em nome de alguém que você sabe o nome, alguém que realmente merece sua dedicação, alguém com quem você convive até quando quer sumir do mundo, que está do seu lado quando você está sozinho(a), que está no seu quarto, no seu banheiro, na rua contigo, alguém que você vê quando para diante do espelho, mas que infelizmente você não reconhece, porque está preocupado(a) demais tentando impressionar ilustres desconhecidos que sequer imaginam um terço do seu sofrimento, angústias e alegrias.
Quero sim mais amor, mais gozos, mais sorrisos, mas também queria que lágrimas sinceras fossem derramadas diante de cada espelho quando as pessoas finalmente se reconhecessem e começassem a buscar seus caminhos para encontrar a paz dentro de si, mas é como o título do texto diz...
segunda-feira, 14 de março de 2016
Antes que acabe o Dia Nacional da Poesia
OXUM
Dona das águas, Oxum vem do Odu Oxê
Vênus africana, tão linda de se ver
Senhora dos rios, rainha dos segredos
Gera fertilidade para quem nela crê
Quem é filha de Oxum sabe nos fazer perder as estribeiras
Demonstram sua força como uma cachoeira
Ora iê iê ô, saúdo a Mãe Sereia das águas doces
E com sua proteção enfrento os males nos dias e noites
Sensualidade e astúcia, são fortes nesta Yabá
Tentaram sob vestes de santa a deusa disfarçar
E no dia 08 de dezembro para a festa todos vão
Celebrar em nome de Nossa Senhora da Conceição
Mas Oxum é divindade vinda do Kêto
Rio na Nigéria, tem todo respeito
Ora iê iê ô, Mãe do ouro e da beleza
É Oxum, poderosa, mãe de toda riqueza.
domingo, 13 de março de 2016
Não quero falar de política, prefiro circo.
O circo chegou, que alegria! Palhaços, mágicos, equilibristas, malabaristas, "aberrações da natureza" e pessoas sedentas pela ilusão presente ali dentro, todas elas, buscando o "inesperado", a boa surpresa, inclusive aquela sensação de alento coletivo, isso lhes dá uma falsa sensação de importância... "ledo enganinho!"
Durante o tempo em que o circo está presente as distrações são fortes, a pipoca é fria, entretanto é barata, mas o único problema é que a tenda não pode ficar armada para sempre, não que isso seja algo preocupante, pois outros circos chegarão quando esse for embora, tem muita gente acreditando na magia debaixo daquela lona, tem muita gente precisando dessa ilusão.
Por outro lado tem também aqueles que querem mais é que o circo pegue fogo e que o palhaço não dê mais sinal de vida, esperam pelo triste fim de toda uma trupe, mas ninguém sabe exatamente o porquê, será que eles acham que já chega de distrações? Será que acham que tem palhaços demais? Ou será que só querem instituir uma nova forma de entretenimento, distrações novas, pipocas mais quentes, mágicas mais fantásticas, furtos da realidade mais consistentes...? Seja lá o que for, a fórmula é boa; uma vez um conselheiro da monarquia europeia disse ao seu príncipe "Uma mudança sempre deixa caminho aberto para outras" ele só não disse que nem sempre as novas são melhores.
O que acho é que sempre terão picadeiros, malabaristas, equilibristas, palhaços e plateia para manter a "Magia" do circo, as quimeras, os travestismos, as miragens que fazem dele um reduto tão desejado, querido e quiçá necessário para o alívio das dores sociais, das injustiças onde, basta o indivíduo entrar e sentar, que num piscar de olhos(e por um curto espaço de tempo) ele se torna "RESPEITÁVEL PÚBLICO".
sábado, 12 de março de 2016
Eu vi uma bonequinha “tuplec tuplin”, fazendo uma bolinha "tuplec tuplin"....
Bolinhas de sabão explodem na sua frente, elas flutuam disformes e coloridas pelo prisma da sua tensão superficial e de repente... PLOFT! Diante do nariz elas se desfazem molhando aquele rosto redondo e ela ficou divagando, bem devagar, fecho os olhos e pensou, “marminíno, moiô” e esboçou um sorriso. A escada do shopping sobe sozinha, sobe, mas não sobe, fica ela lá rolando os degraus, prendendo sandálias e fazendo a alegria das crianças e o desespero do povo matuto que preparam o salto no seu final, mas e ela, a jovem, queria leite batido com chocolate, mas só serve se for milk shake, ("leite batido" não deve ter graça nenhuma). Ela vai ficar sem assunto quando conseguir, mas até lá “quero milk shake”, parece um mantra ou o próprio movimento respiratório da infeliz, era só subir na escada rolante e esperar um pouco, já já estaria na praça de alimentação, mas a escada rolou até uma praia, isso mesmo, manhã ensolarada, mar azul, céu anil, ela moveu ferozmente seu quadril, queria o mar, queria nadar, correu porque a areia quente machucava a sola dos seus pés descalços, mas ela sabia que iria se refrescar em segundos, sua boca salivou vendo as espumas brancas das ondas e ela trôpega quase caiu ao desequilibrar quando ouviu “olha o picolé aê”, o rapaz gritou e ela olhou, estava quente, seria bom um “picolé aquê”... O primeiro contato do seu pé direito no mar, fez de sua boca sair um odoyá, ela pediu licença para mergulhar e nesse instante estava voando, solta, leve e nua sobre um grande vale rochoso com um sorriso bobo, olhou para baixo e viu os passarinhos se aproximando, crescendo com a diminuição da distância, crescendo ao ponto dela notar que não eram passarinhos, eram pterodátilos gigantes, voando leves, soltos e nus como ela, eles se juntaram e todos eles rodopiavam felizes, ascendiam velozes e se permitiam a queda livre, mas de repente os pré-históricos se afastaram, arremeteram bruscamente e ela viu o motivo a frente nuvens negras, anunciavam a tempestade, e ela pousou na base de uma montanha congelada não conseguia ver mais seu corpo quando olhou para baixo, suas vestes densas cobriam sua bela anatomia, luvas grossas escondiam suas mãos, botas de neve apertavam seus pés, notou o peso do casaco de esquimó e uma sensação de adormecimento nas bochechas, ela olhou para cima e viu o deslizamento da avalanche branca e marrom, era milk shake com flocos chocolate, ela se virou e se jogou de costas no chão sobre a neve, com a boca aberta, e em poucos segundos foi coberta de sabor, suas roupas adocicadas resfriaram seu corpo e de longe não se podia mais vê-la, ela quis tanto o milk shake que tornou-se um picolé ali.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Minha poesia é tosca!
Minha poesia é tosca
Não tem palavras com rebusque fino
Mas se pensa que me importo
Você está perdendo o tino
Às vezes quero dizer as palavras
Outras vezes quero cantar a canção
E quando me perco em meus caminhos
Permito que os versos saiam de minhas mãos
Encanto-me ao ver a métrica de uma bela poesia
Mesmo quando ela não é simétrica
É encantadora a pancada que ela nos dá
O sacolejo de uma bofetada poética
Os acidentes literários são fascinantes
Acalentam muito mais que machucam
Trazem ao espírito a suave sensação
De sentir-se aliviado, livre, fora do chão
Minha poesia é tosca, eu sei
Mas me permite voar
Como no sonho revigorante
Antes do meu despertar
Brinco com as palavras, mas sinto-me carregado
Não as manipulo, sou manipulado
As palavras não me cedem sua beleza
Eu sim sucumbo ao seu encanto escancarado
Pobre de quem acha que controla alguma coisa
Sem cores e luz a vida fica toda fosca
Precisamos nos entregar a ela: A beleza da vida
Não importa quanto a poesia seja tosca
quinta-feira, 10 de março de 2016
Liberdade... Liberdade?
Velha é a ilusão da liberdade
O desejo em tê-la e sentir suas possibilidades
O sonho de Ícaro e a esperança do paraíso
Viver como se estivesse sem juízo
O juízo que julga o juiz corrupto
A lei que protege o infrator
Os limites da sociedade humana
Fomentando discórdia e não paz e amor
A liberdade não existe de fato
Há amarras e cercas no pasto do mundo
E mesmo quando não vemos os muros
Em nós a censura aperta os nós obscuros
Até parece que não é de liberdade que precisamos
Essa utopia eterna do ser humano
Quando se quer o inalcançável, é inevitável padecer
Diante do inatingível a opção é sofrer
Que o respeito aos limites seja a lei
Sem precisar de juri, juiz ou sentença
Que a harmonia seja o prêmio maior
Antes que por fim todos viremos pó
terça-feira, 8 de março de 2016
Por que amar é tão difícil?
Porque o Amor é burro, confuso, às vezes é surdo, ou se faz, outras vezes é cego, ou se faz. Ele se acha autossuficiente para gerir todos os outros sentimentos, e os demais acreditam nele por um tempo, mas ele é burro e confuso, não quer ver o que está diante de si, não quer ouvir os sons do coração partindo dentro de si, ou ao seu redor... E dilacera em fiapos almas, sonhos, ao mesmo temo que remenda esperanças e quereres e constrói pontes de algodão doce, sobre arco-íris e os loucos correm por elas, segurando sua mão burra e confusa.
Entretanto, não se pode negar que, no auge da sua confusão e burrice, o Amor é guerreiro, resistente, ignorantemente teimoso e tanto bate quanto apanha querendo vencer a Razão, sua maior inimiga, quando ela se aproxima, lenta e cirurgicamente para que eles pelejem. Bom é quando ambos dão as mãos e se permitem vez por outra intercalarem sua passagem pelas portas que se interpõem em seus caminhos, pois as portas não são largas, primeiro passa um e logo em seguida puxa o outro, só que Razão e Amor são ambíguos, visto que ele é burro e confuso, confuso como esse texto que cede a incompetência de uma mente limitada para analisar algo tão extremamente divergente como o amor com suas expressões que muito provavelmente estão longe do que sequer almeja ser esse sentimento difícil, forte, teimoso, burro, confuso, complexo, completo, que “por ser exato não cabe em si”, e que “por ser encantado revela-se”, como nas palavras do poeta.
Outro dia li que o Cupido não flecha o coração, mas os olhos, o que justificaria a máxima "O Amor é cego", mas ele não é cego(não sempre) ele é uma "coisa para ser sentida" e por isso não nos cabe reflexões sobre ele. Ambíguo, fatal como uma fera protegendo sua cria, ou afável lambendo sua cria, o Amor se faz incongruente e deixa que fiquemos aqui elucubrando sobre sua singularidade múltipla, deve estar rindo de mim que estou confuso tentando dizê-lo, enquanto ele permite apenas que o sintamos e que amemos senti-lo, na mesma hora e com a mesma intensidade que odiamos senti-lo...
Entretanto, não se pode negar que, no auge da sua confusão e burrice, o Amor é guerreiro, resistente, ignorantemente teimoso e tanto bate quanto apanha querendo vencer a Razão, sua maior inimiga, quando ela se aproxima, lenta e cirurgicamente para que eles pelejem. Bom é quando ambos dão as mãos e se permitem vez por outra intercalarem sua passagem pelas portas que se interpõem em seus caminhos, pois as portas não são largas, primeiro passa um e logo em seguida puxa o outro, só que Razão e Amor são ambíguos, visto que ele é burro e confuso, confuso como esse texto que cede a incompetência de uma mente limitada para analisar algo tão extremamente divergente como o amor com suas expressões que muito provavelmente estão longe do que sequer almeja ser esse sentimento difícil, forte, teimoso, burro, confuso, complexo, completo, que “por ser exato não cabe em si”, e que “por ser encantado revela-se”, como nas palavras do poeta.
Outro dia li que o Cupido não flecha o coração, mas os olhos, o que justificaria a máxima "O Amor é cego", mas ele não é cego(não sempre) ele é uma "coisa para ser sentida" e por isso não nos cabe reflexões sobre ele. Ambíguo, fatal como uma fera protegendo sua cria, ou afável lambendo sua cria, o Amor se faz incongruente e deixa que fiquemos aqui elucubrando sobre sua singularidade múltipla, deve estar rindo de mim que estou confuso tentando dizê-lo, enquanto ele permite apenas que o sintamos e que amemos senti-lo, na mesma hora e com a mesma intensidade que odiamos senti-lo...
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