Vou usar esta ferramenta para desabafo pessoal, tentarei através deste blog mostrar um pouco de como eu penso a vida que vivo.
sábado, 12 de março de 2016
Eu vi uma bonequinha “tuplec tuplin”, fazendo uma bolinha "tuplec tuplin"....
Bolinhas de sabão explodem na sua frente, elas flutuam disformes e coloridas pelo prisma da sua tensão superficial e de repente... PLOFT! Diante do nariz elas se desfazem molhando aquele rosto redondo e ela ficou divagando, bem devagar, fecho os olhos e pensou, “marminíno, moiô” e esboçou um sorriso. A escada do shopping sobe sozinha, sobe, mas não sobe, fica ela lá rolando os degraus, prendendo sandálias e fazendo a alegria das crianças e o desespero do povo matuto que preparam o salto no seu final, mas e ela, a jovem, queria leite batido com chocolate, mas só serve se for milk shake, ("leite batido" não deve ter graça nenhuma). Ela vai ficar sem assunto quando conseguir, mas até lá “quero milk shake”, parece um mantra ou o próprio movimento respiratório da infeliz, era só subir na escada rolante e esperar um pouco, já já estaria na praça de alimentação, mas a escada rolou até uma praia, isso mesmo, manhã ensolarada, mar azul, céu anil, ela moveu ferozmente seu quadril, queria o mar, queria nadar, correu porque a areia quente machucava a sola dos seus pés descalços, mas ela sabia que iria se refrescar em segundos, sua boca salivou vendo as espumas brancas das ondas e ela trôpega quase caiu ao desequilibrar quando ouviu “olha o picolé aê”, o rapaz gritou e ela olhou, estava quente, seria bom um “picolé aquê”... O primeiro contato do seu pé direito no mar, fez de sua boca sair um odoyá, ela pediu licença para mergulhar e nesse instante estava voando, solta, leve e nua sobre um grande vale rochoso com um sorriso bobo, olhou para baixo e viu os passarinhos se aproximando, crescendo com a diminuição da distância, crescendo ao ponto dela notar que não eram passarinhos, eram pterodátilos gigantes, voando leves, soltos e nus como ela, eles se juntaram e todos eles rodopiavam felizes, ascendiam velozes e se permitiam a queda livre, mas de repente os pré-históricos se afastaram, arremeteram bruscamente e ela viu o motivo a frente nuvens negras, anunciavam a tempestade, e ela pousou na base de uma montanha congelada não conseguia ver mais seu corpo quando olhou para baixo, suas vestes densas cobriam sua bela anatomia, luvas grossas escondiam suas mãos, botas de neve apertavam seus pés, notou o peso do casaco de esquimó e uma sensação de adormecimento nas bochechas, ela olhou para cima e viu o deslizamento da avalanche branca e marrom, era milk shake com flocos chocolate, ela se virou e se jogou de costas no chão sobre a neve, com a boca aberta, e em poucos segundos foi coberta de sabor, suas roupas adocicadas resfriaram seu corpo e de longe não se podia mais vê-la, ela quis tanto o milk shake que tornou-se um picolé ali.
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