Esse Texto é uma narrativa bem específica sobre como o Karatê influenciou e direcionou a minha vida e também uma forma, singela, de agradecer às pessoas que ao longo desses vinte e cinco anos, me ajudaram ensinando, aprendendo, “trocando” literalmente como se diz na gíria de lutador.
Comecei a treinar Karatê no Colégio da Polícia Militar, nos Dendezeiros, quando o comandante da Unidade fez um comunicado de que as aulas de Educação Física poderiam ser substituídas por turmas de esportes(futebol ou Karatê)... Minha mãe já havia treinado e sempre falava comigo que eu deveria começar, mas confesso que eu tinha medo de “levar porrada”, mas aos 14 anos achava que porrada fazia parte do processo de crescimento humano e me matriculei na turma. O Sensei Nilson Viana dava aulas no Clube de sargentos da PM, foi engraçado porque no primeiro momento em que eu pisei naquele espaço(DOJÔ) tive a estranha certeza de que faria aquilo pelo resto da minha vida, lembro que ficava treinando em casa, enquanto via tv, enquanto comia, antes, durante e depois do banho, estava fascinado, encantado! Aprendi as técnicas básicas do Karatê Shotokan até graduar para a faixa vermelha, com o Sensei Nilson, mas não sei porque motivo as aulas foram suspensas, só que “nessa altura do campeonato” eu estava completamente apaixonado pelo “Caminho das Mãos Vazias”, mais do que paixão, eu já amava o Karatê. Entrei em desespero, pois não sabia o que faria sem os treinos, mas meu pai era professor numa escola de ensino médio e tinha um aluno que era professor de Karatê, eles conversaram sobre minha angústia e por volta de meados de 1992 conheci o Sensei Alex Velame, um rapaz jovem e carismático que me apresentou ao Clube Conexão, onde mais tarde conheceria os Senseis Clécio, Gilmar, Roberto e Celso, os quais eventualmente faziam treinos conosco, como preparação para os campeonatos, éramos uma família grande e com problemas como qualquer família grande, mas nos respeitávamos e nossa convivência era saudável.
O Karatê era mágico para mim, eu mudava ali dentro do kimono, dentro de um dojô, o mundo parava de girar pra eu socar, chutar, gritar, suar e me extasiar com a filosofia e o treinamento que fazia, o tempo foi passando, e a certeza sobre meu futuro ia se consolidando, já havia decidido que faria vestibular para Educação Física e que seria professor de Karatê; no final do ano de 1996 já estava estudando na Universidade Católica do Salvador e também estava empenhado em fazer o meu exame para a faixa preta, treinava cerca de três a cinco horas diárias, treinava na minha academia e também treinei com o professor que ensinara minha mãe, o saudoso Adelmo do dojô BUSHIDÔ em Mussurunga; ele me corrigia, me forçava ao meu melhor, mas ao final de uma semana de treinamento ele perguntou porque tanto esforço já que eu estava tecnicamente muito bem? Eu respondi que queria passar bem no exame para a faixa preta e nesse instante tive uma das piores notícias que alguém nas condições que estava poderia ter, ele virou-se para mim e disse que o período para inscrição do exame já havia encerrado... eu não tinha como saber, esperava que meu professor tivesse ajeitado tudo, pois ele sabia que do meu intuito, mas ele estava viajando para resolver assuntos pessoais e não me avisou dos prazos... Meu mundo caiu MESMO! Abandonei os treinamentos, fui pra casa chorar a decepção de ter o sonho adiado por mais não sei quanto tempo.
Hoje sei que fui imaturo de não ter reclamado com o meu sensei sobre ele não me avisar, sei que fui bobo em abandonar meu sonho, por trancá-lo por tanto tempo num frigorífico, passeei por algumas outras artes marciais, mas nada se comparava ao que sentia quando treinava Karatê, decidi então abandonar tudo, eu saí do Karatê, mas ele não saiu de mim. Fiquei quase 20(isso mesmo vinte) anos afastado de academias, mas jamais deixei de treinar em casa, acordava cedinho, relembrava os katas(lutas imaginárias contra diversos adversários) que preparam para situações de combate real e os kihons(fundamentos técnicos – golpes), fiquei assim até decidir que realmente precisava terminar um ciclo para começar outro, já morava em Camaçari quando ouvi falar do Professor Alberto na Cidade do Saber, fui a ele e contei parte da minha história, dizendo do meu interesse em retornar aos treinamentos, fui bem recebido, mas os horários de trabalho frustraram mais uma vez meu intuito e tive que parar, até que no final do ano de 2014, fui convidado a reencontrar meus antigos colegas de treino num encontro que prometia ser o reinício para muitos que, como eu, estavam afastados. Não vou negar que relutei em ir, não sabia se queria falar daquilo que tinha bloqueado há tanto tempo, mas fui e foi bom ter ido, revi amigos, revi meus fantasmas, enfrentei-os e obtive a promessa do meu antigo sensei de que ele iria fazer o possível para reparar o “mal entendido” do passado, realmente aquele encontro foi uma injeção de ânimo, ali mesmo amadurecemos a ideia da Associação Velame de Karatê(ASVEKA), mas como eu morava em Camaçari, não tinha condições de me deslocar com a frequência necessária para os treinos em Salvador, fui lá poucas vezes e voltei ao sensei Alberto pedindo guarida e orientação para meus treinamentos, fui novamente muito bem recebido e começamos os treinamentos, meus horários no trabalho mais uma vez impediram o treino que gostaria de ter tido, não fiz exame em 2015, mas fiquei feliz em saber que um companheiro de treino da mesma época que eu, Jaguaraci(“Mandíbula”), tinha se graduado faixa preta naquele ano, aquilo me encheu de energia para seguir seus passos e no início do ano de 2016 já havia planejado ter horários de trabalho que não impedissem meus treinamentos, me dediquei, treinei todo o primeiro semestre e depois do recesso junino demorei um pouco pra voltar, mas voltei, retomei contato com o professor Clécio Marback que me apoiou, ajudou e orientou, além de ser o coordenador do Clube que eu oficialmente ainda era filiado e do lado de cá, o sensei Alberto lapidava as técnicas e fundamentos que precisaria para lograr aprovação no exame. No dia 03/12/2016 fui para o local onde iria realizar finalmente meu exame de faixa, fui com Elisângela que acompanhou boa parte da minha história no Karatê, minhas alegrias, vitórias, aprendizados, angústias, sofrimentos e frustrações, conosco nossos filhos Fábio Júnior, faixa amarela, e Gabrielle que se encantou com o evento(mesmo não podendo assistir ao exame), pois viu jovens como ela graduando-se como faixas pretas. O exame foi fantástico, uma energia boa, limpa, harmoniosa e gostosa de sentir, foquei no “trabalho”, fiz o que fui lá para fazer(teste teórico e prático sobre a Arte Marcial que mudou minha vida). O lema do Karatê pautou minha vida desde quando iniciei a prática em 1991 e até hoje tento honrar cada um dos seus princípios:
- Esforçar-se para a formação do caráter
- Respeito acima de tudo
- Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão
- Criar intuito de esforço
- Conter o espírito de agressão
Ainda tenho em mim esse sentimento de curiosidade e aperfeiçoamento de um faixa branca, sou a prova de um jargão marcial que diz "O faixa preta é o faixa branca que nunca desistiu" e estou emocionado de verdade, mas são lágrimas de alegria, de uma certeza que estou(re)começando o meu caminho pronto pra absorver e engrandecer essa Arte que me transformou e me melhorou enquanto pessoa.
Hoje recebi o resultado do meu exame, sou oficialmente faixa preta 1º Dan de Karatê e aqui gostaria de citar algumas pessoas que me ajudaram nesse caminho:
A meus pais, meu pai por possibilitar meus treinos e “paitrocinar” meus exames e campeonatos e a minha mãe(minha primeira sensei) que corrigia meu primeiro kata na sala, enquanto repetia os movimento em frente a televisão;
Meu tio Ubirajara(faixa roxa) que sempre me incentivou com amizade e bons exemplos na vida;
Meus primos e minha tia Irá, que começaram depois de mim;
A Elisângela que aceitou meu convite para treinar e levou seu irmão;
Ao Sensei Nilson Viana(meu primeiro mestre) talvez sem ele não tivesse escrito esse texto e tudo fosse diferente na minha vida;
Ao sensei Alex Velame, que por muito tempo me orientou;
A todo o grupo Conexão, com especial menção ao Sensei Clécio Marback, que mesmo depois de tanto tempo afastado me acolheu com braços abertos e paciência;
A Jaguaraci, amigão, que além de treinar comigo, me cedeu material teórico para estudar;
A Tavares, Indio, Cleã, pela força para incentivar meu retorno;
Ao sensei Adelmo(in memoria) pelos socos pesados e treinamento extenuante;
Aos novos companheiros de treino da Associação de Karatê do Litoral Norte(ASKALIN) sob as batutas dos senseis Alberto e Leila;
Aos alunos que tive durante o tempo em que ensinava Karatê como monitor;
Aos companheiro de treino da ASVEKA – Associação Velame de Karatê, clube o qual me sinto co-fundador;
Sem vocês todos e cada um de vocês eu certamente não teria o que escrever nesse texto.
Sinto que agora recomeça minha caminhada, no Caminho das Mãos Vazias.
Meus respeitos e gratidão eterna pelo apoio. OSS!
Vou usar esta ferramenta para desabafo pessoal, tentarei através deste blog mostrar um pouco de como eu penso a vida que vivo.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Meus Monstrinhos
Os meus monstrinhos eu já chamei de "bichinhos virtuais", de cachorrinhos, de amores, de chatos, mas com frequência os chamo de filhos, são Gabrielle e Fábio Júnior, os motivos pelos quais eu resisto, sinto falta deles, meu cotidiano nos afasta do contato físico, mas não consegue desgrudar minha alma das deles, quero o melhor, faço o possível e eles... Ah eles são ótimos, reativos, inteligentes e riem das minhas piadas(mesmo quando a brincadeira é tentar não rir). Amo como não sabia que seria possível amar alguém, amo de perto, de longe, com força, com calma, com paixão, com ternura, com fome, com sede, com frio, com vida e até depois dela, sei que continuarei amando. Sou grato por vocês ao Universo por permitir que pudéssemos nos unir e aprendermos tanto uns com os outros.
Fumacinha de Ibicoara
Na Chapada Diamantina de encantos naturais
Eis que em meio às adversidades, há um lugar de paz
Imponente e gélida dança a cachoeira
Só os fortes, os teimosos, contemplam-na por inteira
Suores, cansaços e deslizes
Marcaram a trilha mais difícil que já fiz
Perto de cair várias vezes, escorregando passei por um triz
O rio é frio e revigorante, mas por fim, me deixou feliz
Aquele cuja toda glória merece
Arquiteto, Engenheiro e Artista Maior
O Maestro do Universo, Pai de todas as preces
Chamam-No Deus, Caprichoso, nos deu o Seu melhor
Graças aos companheiros de aventura
Gratidão pela acolhida, risadas e comida
Fumacinha de Ibicoara, nos mostrou
A importância de ser grato pela vida.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
L N
Não reconheço seu rosto, não sinto mais como sentia, a energia está confusa e turva, trocaram meus dias de sol por noites escuras de chuvas torrenciais; o calor cedeu ao frio, como num deserto polar... O brilho que me fascinava se ofuscou. Dentro de mim ainda tento buscar o que não acho mais do lado de fora, mas não posso voltar ao passado e é lá que está o que perdi. Você não é mais, nós não somos mais e eu sinto tanto por isso. Amo e sofro por ter perdido a chance de te provar isso, apesar de saber que você sempre soube.
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Parem o mundo, eu PRECISO descer... ou não?
Recentemente uma amiga me disse que estou muito sensível, infelizmente preciso concordar com ela... Tive um choque real quando soube da eleição do Igor “Kanalha” em Salvador, nem foi por ele ser o candidato, porque acho que ele, como qualquer cidadão, tem o direito de pleitear lugares nos espaços públicos de gestão, mas isso me fez pensar em tantos outros bandidos que estão comandando esses espaços, redigindo e regendo as leis da nossa podre sociedade. O referido vereador eleito trás no seu currículo um número considerável de passagens pela polícia relacionadas ao tráfico de drogas, mas quantos outros têm mancomunação com outros crimes e também foram eleitos ou ainda o serão?
As eleições para prefeitos e vereadores no Brasil foram a vitória da desesperança, pois muitos foram decepcionados e tantos outros foram comprados e/ou manipulados, me entristeço ao assistir isso que chamamos de "vitória da democracia", mas não foi só isso, pois os números oficiais do órgão gestor das eleições contam que uma enorme parcela da população não votou, anulou ou “embranqueceu” seu voto, mostrando que por falta de opções entre os concorrentes preferiram se abster de participar da eleição dos que disputavam o pleito.
As eleições são apenas uma das facetas de uma análise que tenho feito dessa nossa sociedade recheada de insalubridades, incongruências, contradições, desrespeitos e maldades. Infelizmente há tanto mais a lamentar e, por conta disso, eu tenho estado muito a flor da pele, sinto-me tenso, intolerante e triste por notar que outrora ligava menos para essas coisas que hoje tanto me incomodam, a minha leitura de mundo(já de um certo tempo pra cá) tem sido extremamente pessimista e, não raro, hiperbólica para coisas simples. Não sei como fazer para relaxar de tamanha insatisfação e amargura em ler as entrelinhas nefastas e sombrias deste nosso mundo, mas vou tentar o único caminho que considero possível, amar mais, compreender mais e aceitar mais os direitos, os limites e, acima de tudo, o direito a ignorância que todos nós temos.
As eleições para prefeitos e vereadores no Brasil foram a vitória da desesperança, pois muitos foram decepcionados e tantos outros foram comprados e/ou manipulados, me entristeço ao assistir isso que chamamos de "vitória da democracia", mas não foi só isso, pois os números oficiais do órgão gestor das eleições contam que uma enorme parcela da população não votou, anulou ou “embranqueceu” seu voto, mostrando que por falta de opções entre os concorrentes preferiram se abster de participar da eleição dos que disputavam o pleito.
As eleições são apenas uma das facetas de uma análise que tenho feito dessa nossa sociedade recheada de insalubridades, incongruências, contradições, desrespeitos e maldades. Infelizmente há tanto mais a lamentar e, por conta disso, eu tenho estado muito a flor da pele, sinto-me tenso, intolerante e triste por notar que outrora ligava menos para essas coisas que hoje tanto me incomodam, a minha leitura de mundo(já de um certo tempo pra cá) tem sido extremamente pessimista e, não raro, hiperbólica para coisas simples. Não sei como fazer para relaxar de tamanha insatisfação e amargura em ler as entrelinhas nefastas e sombrias deste nosso mundo, mas vou tentar o único caminho que considero possível, amar mais, compreender mais e aceitar mais os direitos, os limites e, acima de tudo, o direito a ignorância que todos nós temos.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
MP significa Medida "Pró-miséria"?
Há mais ou menos quatro meses falava com minha filha sobre o potencial poder destrutivo do Michel foraTemer, comentávamos com preocupação sobre o futuro do país em diversas áreas mas com especial atenção ao que se referia a Educação, ao futuro das Instituições públicas, e especificamente aos Institutos Federais de Educação, os IFs, pois bem, não demorou muito e “Aquele que não deve ser nomeado”(não deveria ser nomeado gestor maior do nosso país), deixou cair em nossos peitos a “reforma” da educação, as aspas vão porque talvez a palavra correta fosse Réforma, pois como vejo o país está indo para trás com a gestão deste senhor que ignora tudo que não seja sua própria vontade de “ajustar o país”, entendendo eu ajustar como DESTRUIR, aumentando a segregação social, nesta terra que nem precisava dele para se destruir, mas que ainda assim ele faz questão de dar aquela mãozinha esquálida para tanto. Lamento não enquanto professor de Educação Física, lamento enquanto pai, por entender que as coisas num país, que outrora foi democrático, sejam resolvidas de forma autocrática e autoritária, como vem sendo feitas aqui no brasil (assim mesmo com letra minúscula), menos movimento, menos pensamento, menos discussão social e menos criatividade, é o que se propõe a partir desta Ré, e para onde irão nossos jovens? provavelmente para o Instagram sorrir com poses e gravar vídeos sem sentido ou propósito, já estamos em desvantagens por sermos brasileiros natos(criados na cultura da corrupção), teremos agora uma lei que nos obrigará a piorarmos enquanto cidadãos, uma lei da alienação algo pensado numa reunião de amigos que diziam “porra, vamo ter que botar doendo agora”. Precisamos nos mobilizar para, de todas as formas possíveis, repudiar esse absurdo que é a gestão desse senhor Michel foraTemer.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Adeus Agosto!
Meus respeitos ao mês mais sombrio do ano, o mês "do cachorro louco", o mês dos leoninos e leoninas, o mês que se faz longo pela dor, o mês de Lázaro(não por acaso o padroeiro dos leprosos e dos cães), sua história fala de fé, sofrimento e renascimento... Ainda na esfera da "santidade" Agosto é o mês de Omolu o orixá das doenças, "médico dos médicos", segundo o zelador de orixás(nova forma, politicamente correta de designar o antigo "pai de santo") Fandeji: "durante o dia vem em forma de cura, sanando todos aqueles que necessitam, à noite vem como a morte, recolhendo os que de alguma forma chegou a hora."
Agosto traz dor e perda, pelo menos para mim essa é a referência, pois foi neste fatídico mês que o primeiro homem que aprendi a admirar, pelo seu humor, pela sua inteligência e resignação partiu para descansar seu espírito... em agosto meu "Vovô" se foi.
Agora, no ano do renascimento (2016) cuja soma dá 9, agosto faz cumprir o destino segundo a teoria da numerologia pitagórica: fim de um ciclo, início de outro. Lá se foi Vovô, lá se foi Atena (minha moto roubada em 17/08), lá se foi seu Manoel, pai de uma queridíssima amiga e eu aqui agradeço a Deus e ao Outro, porque depois de uma sensação subjetiva de infinitude, esse mês chega hoje ao fim.
Mais uma vez reafirmo aqui meus respeitos ao (dito pelo senso comum) "mês do desgosto"... Vá lá negão, e já vai tarde!
Agosto traz dor e perda, pelo menos para mim essa é a referência, pois foi neste fatídico mês que o primeiro homem que aprendi a admirar, pelo seu humor, pela sua inteligência e resignação partiu para descansar seu espírito... em agosto meu "Vovô" se foi.
Agora, no ano do renascimento (2016) cuja soma dá 9, agosto faz cumprir o destino segundo a teoria da numerologia pitagórica: fim de um ciclo, início de outro. Lá se foi Vovô, lá se foi Atena (minha moto roubada em 17/08), lá se foi seu Manoel, pai de uma queridíssima amiga e eu aqui agradeço a Deus e ao Outro, porque depois de uma sensação subjetiva de infinitude, esse mês chega hoje ao fim.
Mais uma vez reafirmo aqui meus respeitos ao (dito pelo senso comum) "mês do desgosto"... Vá lá negão, e já vai tarde!
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O Mar é Massa!!!
O mar não julga suas roupas, ou a falta delas, não julga o seu caráter, ou a falta dele. O mar te acolhe, te limpa, te aceita, ou rejeita como a um presente que lhe é dado, mas que não é desejado... O abraço das ondas nem sempre é cálido, pode te arrepiar pela baixa temperatura, mas é sincero, como os ventos que embalam as ondas e sussurram o assovio da tarde em seus ouvidos. O mar não te quer, mas te recebe para um encontro furtivo, brejeiro, revigorante e, como uma descarga elétrica, irá recarregar suas energias, as boas e descarregas as más. O mar é bom, por não julgar, por abraçar e por sacudir todo o seu corpo, te dando bênçãos e axé. Seus mistérios vão além do que ele esconde, ou guarda em suas profundezas, seu mistérios perpassam pela benevolência do equilíbrio que ele nos proporciona. O mar é massa!
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
... Quase sem palavras
Sentimentos conflituosos me tomam, um misto de tristeza, raiva, impotência por ter sido assaltado ontem... Pois é, virei estatística, dois indivíduos armados me abordaram e levaram minha moto a menos de 200 metros da entrada de casa. Aos sentimentos supracitados somam-se o alívio e a alegria de estar vivo e inteiro, depois das ameaças de tiro. É muito difícil pra mim aceitar que alguém passa um tempo do seu dia pensando em cometer um ato como aquele, arriscar sua vida por uma coisa (sei lá, a vítima poderia estar armada) pensar que os seres humanos são capazes de atitudes como aquela, numa frequência tão corriqueira realmente me faz desacreditar naquela beleza que sempre exalto quando falo da humanidade, mas a impunidade e a ideia de vantagem com mínimo esforço fazem com que cresçam cada vez mais o número de assaltos, furtos, tráfico e tantos outros crimes.
Sempre brinco que a vida é uma bateria, com um lado positivo e o negativo, perdi minha Branquinha, minha Atena, mas mantive minha integridade física. O que me resta é, como sempre, confiar no trabalho da polícia e pedir aos céus que ninguém tenha que passar por uma situação daquela, pois o frio cano de uma arma não é uma sensação que desejo a ninguém.
Como alerta, peço que evitem aquela passagem pelo condomínio Lucaia que dá acesso ao Atacadão e ao shopping Boulevard de Camaçari, pois fui assaltado ali perto e quando estava prestando queixa na delegacia chegou um outro rapaz, vítima de assalto ao seu veículo na mesma localidade, o local é escuro e esburacado, o que favorece a ação dessas almas sujas.
sábado, 2 de julho de 2016
Sobre "Ser Aquariano"
É curiosa essa correlação que as pessoas fazem com os estereótipos dos signos zodiacais, creio na influência dos astros em nossas vidas, vivemos sob a regência do sol, ele define a maioria das nossas atitudes, acordamos, dormimos, trabalhamos, comemos de acordo com o ciclo solar sobre nossas cabeças, o dia em si é definido pela incidência da luz solar em nosso planeta. Não sou um estudioso do tema astrologia, mas tenho notado como atualmente os signos do zodíaco tem sido tema de conversas informais com mais frequência do que outrora, “Fulano é de câncer”, “Beltrano é Ariano, já viu né?”, “Ela não é chata, ela é virginiana.. aff!”. As pessoas, no bom e velho senso comum, pesquisam superficialmente sobre as influências dos signos(e não dos astros que os definem) a luz de seus estereótipos e a partir daí traçam os “perfis psicológicos” de todo mundo, a torto e a direita, mas não quero falar sobre essa bobagem, porque para mim generalizações são bobagens. O que quero falar é sobre o que eu acho que é ser aquariano, o lado fantástico que todos sabem e muitos invejam, mas também sobre o lado sombrio que a maioria de nós esconde no fundo do nosso âmago escuro, que envergonharia o mundo se todos soubessem, mas que está lá, na verdade está aqui(nem sempre) quietinho numa ala de segurança máxima vigiada pelas mais altas patentes do Super Ego.
Vamo lá: Ser aquariano é ter nascido entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro, ter o sol em Aquários e ser influenciado pelo posicionamento de Saturno ou Urano e isso(por mais estranho que possa parecer) faz com que essas pessoas tenham tendência a não se adaptarem ao mundo em que vivem, idealizarem um planeta harmônico, não se prenderem a opiniões e a pessoas, pelo menos tudo isso na teoria, porque TODOS os aquarianos que eu conheço são EXTREMAMENTE vaidosos, possessivos e sofrem de um mal que chamo “Síndrome da Ideia Fixa”...
EPAAAA!!! Mas como assim? Você deve estar ficando louco, o signo do AR tem a singularidade e a fluidez como característica, a mudança, a metamorfose como marca, não seria possível se prender a uma ideia fixa.
Entretanto, a questão é justamente essa, a ideia fixa principal do aquariano é se achar especial e diferentão ao ponto de não se encaixar. E a prova disso é que dizem-se altruístas, humanitários, mas são vaidosos(todos são artistas e amam holofotes) e egoístas(são tão diferentes que “preferem” viver sozinhos). Eu amo ser aquariano(não conheço um aquariano que não ame seu signo), eu sou aquariano, eu sou diferentão, aluado, rápido de raciocínio, inventivo, curioso, mas também sei ser metódico e racional. Uma outra característica que enche qualquer aquariano de orgulho é a “frieza sentimental”, uma ENORME falácia, amamos MUITO isso sim, mas é difícil demais assumir isso para outrem, como temos o arquétipo do coração gelado é melhor usar isso como muleta e se afastar por medo de ser feliz de fato... A maioria das mulheres e homens aquarianos que conheço(convivo, por assim dizer) escondem seus sentimentos, naquela caixinha profunda que citei mais acima, mas não escondem de si, isso seria impossível, eles (nós) escondem(os) do mundo, são tão desapegados que podem ser confundidos com perversos e adoram usar a frase “é melhor se afastar antes que fique sério”, o que pra mim traduz o bom e velho MEDO DE SE MACHUCAR, mas que problema teria ficar sério? Fácil de responder essa “Eu perderia a minha liberdade” e com isso não se brinca a pseudo-liberdade que os aquarianos dizem(os) viver(que na verdade almejam(os) com todas as forças do seu(meu) ser), querendo ser indiferente aos sentimentos que embrulham seus estômagos, que tiram seus sonos enquanto repetem para si mesmos(as): Estou melhor sozinho(a), estou melhor sozinho(a).
Ser aquariano é ser f*da! F*dendo com o mundo que nos cerca, fazendo que esse mundo nos olhe com admiração e respeito, mas não tem problema se houver um “Q” de inveja, porque, na verdade eu só lamento se você não nasceu entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro. Eu sou aquariano mãe, mas não o que está nas páginas das revistas do João Bidu, eu sou aquariano que assumo as imperfeições da influência deste “carma” em minha vida, agradecido por ele, mesmo com todas as imperfeições que essa influência incide sobre meu jeito de ser, de pensar, de agir e de viver. Não somos iguais por sermos regidos pelo mesmo ascendente celestial, temos o direito de sermos diferentes e isso, infelizmente, não é privilégio dos aquarianos.
Vamo lá: Ser aquariano é ter nascido entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro, ter o sol em Aquários e ser influenciado pelo posicionamento de Saturno ou Urano e isso(por mais estranho que possa parecer) faz com que essas pessoas tenham tendência a não se adaptarem ao mundo em que vivem, idealizarem um planeta harmônico, não se prenderem a opiniões e a pessoas, pelo menos tudo isso na teoria, porque TODOS os aquarianos que eu conheço são EXTREMAMENTE vaidosos, possessivos e sofrem de um mal que chamo “Síndrome da Ideia Fixa”...
EPAAAA!!! Mas como assim? Você deve estar ficando louco, o signo do AR tem a singularidade e a fluidez como característica, a mudança, a metamorfose como marca, não seria possível se prender a uma ideia fixa.
Entretanto, a questão é justamente essa, a ideia fixa principal do aquariano é se achar especial e diferentão ao ponto de não se encaixar. E a prova disso é que dizem-se altruístas, humanitários, mas são vaidosos(todos são artistas e amam holofotes) e egoístas(são tão diferentes que “preferem” viver sozinhos). Eu amo ser aquariano(não conheço um aquariano que não ame seu signo), eu sou aquariano, eu sou diferentão, aluado, rápido de raciocínio, inventivo, curioso, mas também sei ser metódico e racional. Uma outra característica que enche qualquer aquariano de orgulho é a “frieza sentimental”, uma ENORME falácia, amamos MUITO isso sim, mas é difícil demais assumir isso para outrem, como temos o arquétipo do coração gelado é melhor usar isso como muleta e se afastar por medo de ser feliz de fato... A maioria das mulheres e homens aquarianos que conheço(convivo, por assim dizer) escondem seus sentimentos, naquela caixinha profunda que citei mais acima, mas não escondem de si, isso seria impossível, eles (nós) escondem(os) do mundo, são tão desapegados que podem ser confundidos com perversos e adoram usar a frase “é melhor se afastar antes que fique sério”, o que pra mim traduz o bom e velho MEDO DE SE MACHUCAR, mas que problema teria ficar sério? Fácil de responder essa “Eu perderia a minha liberdade” e com isso não se brinca a pseudo-liberdade que os aquarianos dizem(os) viver(que na verdade almejam(os) com todas as forças do seu(meu) ser), querendo ser indiferente aos sentimentos que embrulham seus estômagos, que tiram seus sonos enquanto repetem para si mesmos(as): Estou melhor sozinho(a), estou melhor sozinho(a).
Ser aquariano é ser f*da! F*dendo com o mundo que nos cerca, fazendo que esse mundo nos olhe com admiração e respeito, mas não tem problema se houver um “Q” de inveja, porque, na verdade eu só lamento se você não nasceu entre 21 de janeiro e 19 de fevereiro. Eu sou aquariano mãe, mas não o que está nas páginas das revistas do João Bidu, eu sou aquariano que assumo as imperfeições da influência deste “carma” em minha vida, agradecido por ele, mesmo com todas as imperfeições que essa influência incide sobre meu jeito de ser, de pensar, de agir e de viver. Não somos iguais por sermos regidos pelo mesmo ascendente celestial, temos o direito de sermos diferentes e isso, infelizmente, não é privilégio dos aquarianos.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Desenhando...
Uma amiga me perguntou porque não escrevia sobre “desenho”... Nunca tinha pensado a respeito, tanto que postei imagens de alguns trabalhos, mas não associei a um texto, mas pelo desafio de pensar a respeito disso, cá estou para tentar traduzir em palavras o que sinto quando estou desenhando...
Desenhar para mim é um passatempo que começou em tenra idade, “desde que me entendo por gente” eu desenho, costumo brincar dizendo que todos nascemos desenhistas, mas alguns desistem com sete anos, penso que todo mundo já deve ter riscado um bonequinho palito, uma casa com uma porta, uma janela e uma árvore do lado, mas ai as atribuições e a magia vão se perdendo aos poucos, não acho que desenhar seja um dom e, se é TODOS temos esse dom, é como atuar, há quem atue bem, quem desenhe bem e quem não seja tão bom, mas o que difere essas pessoas é o afinco em que se dedicam, a prática, a repetição e a busca da melhoria de sua técnica pessoal. Pois bem, eu amo desenhar e agora voltei a estudar com um foco que nunca tive para tal, quero a perfeição, sei que não é possível e isso é o que me motiva, desenho quando posso, tento aproximar o máximo minha obra com a referência que observo cuidadosamente. Agradeço sim por poder enxergar, mover meus músculos com coordenação suficiente para não cagar todo desenho, agradeço a meus críticos mais ferrenhos, Gabrielle e Fábio Júnior(meus filhos) que não deixam passar nenhum detalhe e sempre cobram quando não está bom. Se eu tenho ‘dons’ são a paciência e a perseverança e esses sim me ajudam com os desenhos, com as aulas, nas relações com as pessoas... com a minha vida.
Espero ter saúde, firmeza na mão e acuidade visual para continuar desenhando por muitas e muitas décadas, gosto muito de desenhar, estou tentando viver deste ofício e certamente não vou desistir enquanto não puder viver a vida fazendo o que gosto e nada mais.
terça-feira, 28 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Sou mesmo incompetente pra entender algumas coisas...
Eu sinceramente não entendo algumas coisas... Há um ódio velado referente à postura das pessoas que não comungam do pensamento das outras, quando alguém diz que não gosta de funk, ou quando diz que gosta, quando alguém diz que não gosta de homossexuais, ou quando demonstra homoafetividade, quando alguém diz que não acredita em Deus, ou quando a outra pessoa diz que só acredita no deus descrito na Bíblia, desprezando outros deuses, outras crenças, outros quereres, outras vontades, dizer que não gosta de açaí é visto como pecado por algumas pessoas e isso pode fazer com que as pessoas briguem, porque uma gosta de um time de futebol e outra não, mas o natural é ser diferente! Tenho alunos e alunas gêmeos e gêmeas e elas e eles são diferentes, um fala alto, o outro não gosta de chamar atenção para si, uma é carinhosa, outra mais grosseira, outra é adepta de alisamento capilar e sua “cópia” curte os cachos em sua cabeça.
Como compreender a intolerância que leva a violência? Eu sou incompetente nesse sentido, não consigo entender isso, por mais que eu tente, por que não se pode simplesmente respeitar que o outro/a outra tem o direito a pensar diferente e agir diferente? Por que se preocupar tanto com a vida alheia? Pra quê tantos julgamentos? Ontem estava dando aula e a turma estava irritantemente inquieta, eu parei de falar e escrevi no quadro: “Quando eu quero silêncio, eu faço silêncio e não fico gritando CALA A BOCA!” Eles leram e depois de uns instantes estavam em silêncio e consegui prosseguir. Queria tanto que eles tivessem aprendido aquilo, mas infelizmente creio que não é tão fácil assim, porque como professor eu não posso educar, quem educa é a família, a nós, professores, cabe instruir pelo caminho institucional da escola, fazê-los pensar sobre as questões maiores da humanidade para fora da escola, coisas como respeito e tolerância, mas só podemos complementar o que vem das casas deles. Bom seria que os pais ajudassem mais, pois quando eles ajudam, notamos o reflexo nessas crianças(as assistidas).
E o que tem a ver minha aula com o início do texto? Eu explico: as crianças, adolescentes impacientes para falar e sem paciência para ouvir agridem-se por não se escutarem, por não escutarem os outros e quando escutam não respeitam a opinião divergente e crescerão assim, tornando-se adultos intolerantes, violentos e cheios de suas razões. Sinto muito por essa sociedade mundial imunda e violenta, que cospe nos rostos dos seus desafetos, que espanca, atira em quem se comporta de forma que os desagrada e que oprime sistematicamente o que foge ao seu padrão ignóbil de comportamento.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Coragem, meu bem, Coragem.
E na efemeridade (ou seria na enfermidade? Ah... Dá igual!) das coisas eis que surge “ela”, menos meticulosa, mais curiosa, muito libertadora, intrépida, voluptuosa e forte, a Coragem, ela pondera, mas não remói, pode ser fatal, mas acima de tudo pretende ser vital, não surge da certeza, mas quer testar o que se propõe, teimosa, ligeira e firme essa é a Coragem que se afirma. Em meio aos julgamentos “Aain... que fofo!”, “Ai que tétrico!”, “Que horror!” ou “Que lindo!” a Coragem dá a mão a Atitude e juntas partem para realizações e às vezes o Medo se segura na cintura dela, tentando impedir sua progressão, mas ela, a Coragem, é forte e sabe que pesará sobre ela as responsabilidades de irromper as barreiras a sua frente, coragem para dizer não, coragem para dizer sim, coragem para se desprender dos dogmas e das mazelas, ela sabe para onde vai, a Coragem vê a sua frente, de braços abertos, a Luta, mesmo que corte os braços do Medo, e que sinta suas mãos geladas, com as grandes unhas negras fincadas dolorosamente em sua carne... mesmo com isso ela avançará. E pulará de “bungee jump”, abraçará com afinco seu novo projeto de vida, iniciará aquela conversa difícil, trocará de emprego, dirá não a opressão do marido(ou esposa), dirá sim a alegria, e fará, e irá...
De onde estou aplaudo a Coragem, vejo-a daqui da minha janela: indo, vejo-a vindo e sei que vou nutrí-la, melhor assim, deixá-la mais forte que os Porquês, esses últimos se multiplicam como fungos em ambientes úmidos, como música ruim numa sociedade ruim, como a violência na falta de amor, como injustiça no seio da corrupção e são auto-nutritivos, nutrem-se deles mesmos, já a Coragem precisa que ajudemo-la, não vai sozinha, necessita da Atitude para simbioticamente, tornarem-se uníssonas e esmagarem os Porquês, pois se estiverem juntas, poderão levar o Medo e ainda assim irão.
sábado, 11 de junho de 2016
O Primeiro...
Hoje (11/06/2016) foi o primeiro exame de faixa de Fábio Júnior no Karatê, poderia estar sendo o quinto ou sexto, pois fui buscar registros e comecei a ensinar Karatê a ele quando ele tinha quatro anos, mas foi o primeiro e, portanto um ‘marco’. Nós treinávamos com horários irregulares, às vezes com kimono, outras vezes sem, mas sempre com muita dedicação, principalmente curiosidade da parte dele... Pois bem, as circunstâncias permitiram que ele começasse a treinar de forma institucional, no dia 15/02 deste ano (aniversário dele), com o Sensei Alberto Cunha(Beto) da ASKALIN, fico muito feliz que tenha sido com ele, pois vejo um Karatê de excelência ali, Fábio Jr é amante da arte e chega em casa com vários questionamentos sobre as posturas, os movimentos e a melhor forma para a execução deles.
Às vezes os pais inscrevem seus filhos em “atividades” para ocupar o tempo, para melhorar sua disciplina ou para ajudar na autoestima ou saúde do seus filhos e filhas, eu inscrevi Fábio no Karatê porque ele pediu, ele queria trilhar o Caminho das Mãos Vazias, hoje ele disse: “Eu poderia ser faixa verde já” e eu: respondi: “Não importa o que você poderia ser, importa o que você é, hoje você passou para a faixa amarela e, no seu tempo, passará por todas as faixas.” Esse texto é um agradecimento a Força Criadora e Maestrina do Universo(Deus se vocês preferirem) por orquestrar de forma a fazer as coisas acontecerem e por Fábio ter herdado o meu amor pelas artes marciais.
Pedi pra ele fazer uma postura para a foto “seu último movimento com a faixa branca” e ele fez Shuto Uke, brindo a vocês com essa imagem. Desejo ao pequeno sucesso e quero deixar o registro de que farei o possível para apoiá-lo no caminho que outrora também trilhei e ainda trilho.
Parabéns “John”! Oss.
terça-feira, 24 de maio de 2016
Bom dia!
Assim começa o meu dia:
O som do 'espaço sideral' me acorda, na verdade me desperta de um descanso breve, ainda está escuro no meu quarto e a velocidade das coisas é lenta, principalmente das coisas no meu pensamento. Eu levanto e ando, buscando água, alento e sinto o peso das horas de treinamento do dia anterior, quero voltar para a cama, mas tenho um compromisso com um sonho que só se pode realizar acordado...
Sem delongas o ciclo se reinicia e o corpo toma consciência do tanto que ainda tem para ser feito durante o dia e de como o tempo vai tentar atrapalhá-lo, com a sua imparcialidade veloz, cada segundo que passa é um segundo a menos nessa contabilidade feroz que só multiplica a subtração.
Volto-me para mim mesmo e vejo que agora é a hora, e que essa é a minha história, então penso "cá com meus botões", lá vou eu de novo, fazer com que o desejo de um bom dia se torne realidade.
O som do 'espaço sideral' me acorda, na verdade me desperta de um descanso breve, ainda está escuro no meu quarto e a velocidade das coisas é lenta, principalmente das coisas no meu pensamento. Eu levanto e ando, buscando água, alento e sinto o peso das horas de treinamento do dia anterior, quero voltar para a cama, mas tenho um compromisso com um sonho que só se pode realizar acordado...
Sem delongas o ciclo se reinicia e o corpo toma consciência do tanto que ainda tem para ser feito durante o dia e de como o tempo vai tentar atrapalhá-lo, com a sua imparcialidade veloz, cada segundo que passa é um segundo a menos nessa contabilidade feroz que só multiplica a subtração.
Volto-me para mim mesmo e vejo que agora é a hora, e que essa é a minha história, então penso "cá com meus botões", lá vou eu de novo, fazer com que o desejo de um bom dia se torne realidade.
domingo, 1 de maio de 2016
As Palavras
Escrever sobre as palavras... “Ai meu coro, meu corinho”, às vezes eu tenho cada ideia que não sei não viu? Mas vamos lá, fui comprar pão e tinha uma pequena lá com um suco daqueles de caixa, falando muito com seu pai (ela deve ter três anos, se tiver muito) fiquei observando como ela usava as palavras, sua voz aguda e estridente e também fiquei pensando sobre como é fofo escutar as crianças, quando elas realmente têm algo a dizer, dai extrapolei e pensei o quanto é bom ouvir qualquer pessoa, quando esta tem algo bom a dizer, se não bom, mas importante. E extrapolei mais um pouco, viajando como são importantes as palavras, pensei como deve ter sido difícil a comunicação antes de os sons significarem alguma coisa, imagino as pessoas grunhindo e apontando para o que queriam, sem condições de expor seus pensamentos, por nem ter condição de pensar logicamente, os rugidos, gritos, gemidos e os silêncios deveriam ser angustiantes e provavelmente devem ter causado muita violência, pela falta de compreensão. Ai então venho eu para a “Era da Comunicação”, onde exprimimos nossos desejos, angústias, vontades, frustrações e o escambáu, através de imagens, músicas, gestos e elas, as benditas palavras... e TCHARAN, finalmente chegamos a elas!
As palavras, portanto, deveriam ser “ferramentas” para facilitar, a comunicação, terminar com os “ruídos” e permitir a harmonia entre as pessoas e o que elas querem, mas infelizmente há um probleminha com as palavras, elas continuam causando violência pela a tal da falta de plena compreensão, às vezes as pessoas não acompanham o raciocínio do seu interlocutor e deturpam (mesmo que de forma inconsciente) a mensagem pretendida e ai tudo “vai por água abaixo”(ia escrever que dá merda, mas achei legal vai por água abaixo), mas acho que já publiquei um texto sobre isso, entretanto há outra questão que queria tratar no que diz respeito às palavras, e é o fato de que elas não voltam depois que são proferidas, lógico que você já leu isso em algum lugar, “a flecha lançada, a oportunidade perdida e a palavra proferida não tem volta”, pois é... às vezes a falta de um pouco de paciência, inteligência, ou ainda aquela velha incoerência, podem fazer com que a pessoa se arrependa amargamente de ter dito alguma coisa, ou ainda pode fazê-la ficar marcada de forma negativa por ouvir(ou dizer) algo inapropriado... Pois bem, tenhamos paciência, inteligência e coerência para usar da melhor forma possível, quando pudermos, as palavras, as oportunidades e as flechas.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Então hoje é o "Dia do Amor"?
Várias vezes eu me perguntei "por que ainda não escrevi um texto sobre a amizade?" Nunca me respondi essa pergunta, mas hoje eis-me aqui discorrendo sobre algo que eu considero importante, imprescindível e até mesmo sagrado, pois a amizade pressupõe o amor, a fé, a confiança e o desprendimento. A amizade para mim é mais importante que qualquer outro tipo de relação que se possa estabelecer entre os seres dessa terra, ela respeita sem bajular, protege sem obscurecer, engrandece sem enaltecer. Às vezes o nosso amigo (ou a nossa amiga) só precisa da nossa companhia, não pede nem precisa de opinião, não pede nem precisa de conselho... Só quer e só precisa de alguém com quem ele(ou ela) possa se sentir apoiado(a), para que saiba que pode contar com alguém em quem confia.
Li outrora que amigos verdadeiros não são aqueles que te ladeiam quando você está com problemas(porque muitos, ou alguns desses querem é notícias da sua desgraça) e que o amigo bom mesmo é o que te ladeia nos bons momentos e suporta sua alegria, eu digo mais, concordando com esse ponto de vista, acho que o amigo é aquela pessoa que se compraz da tua alegria, curtindo contigo uma nota alta numa disciplina difícil, uma aprovação num concurso público, o seu encontro com sua alma gêmea, ou te defendendo em público, enquanto particularmente detona sua atitude, pois sabe que você é melhor do que o que demonstrou. Mas também acredito que pode estar ao seu lado em momentos difíceis, não pra te julgar, mas para fazer aquele nada que só um amigo(uma amiga) tem permissão para fazer.
Pois é... Ter amizade verdadeira é muito difícil, é uma loteria onde ganham sempre dois, você não pode ser amigo de ninguém sozinho, porque a amizade é troca dialógica, compartilhada e acima de tudo recíproca. Amizade para mim é a versão mais perfeita do amor, indistinta quanto a crenças sejam elas quais forem, respeitosa quanto aos anseios e os limites do(a) outro(a), é um sentimento de bem querer perene independente da distância e do tempo que essa distância os afaste.
O que quero com esse texto, no "dia do amor", é brindar a amizade, essa relação que me parece que é base para uma harmonia cada vez mais rara entre os seres viventes neste planeta mundo.
Se achou bacana, divida esse texto com alguém que você considere amigo(a) e faça ele ou ela ter a certeza disso, mas não se sinta obrigado(a) a nada, se esse texto foi lido e durante a leitura você lembrou pelo menos de uma pessoa, ele já cumpriu o seu papel.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Sobre o Caos...
E eu aqui pensando sobre o caos, mas não o caos mitológico grego, assexuado e que separa tudo e que origina a noite e a escuridão, muito menos a Teoria do Caos, precursora do “Efeito Borboleta” que para quem não sabe não é só o nome de um filme, mas uma teoria que diz que o bater de asas de uma borboleta no Brasil, pode causar um tornado no Texas, por exemplo. Falo do caos, no sentido das situações caóticas associadas a mudanças bruscas(ou não) que podem ocorrer em nossas vidas, lógico que tem relação com os dois conceitos citados anteriormente, mas trato aqui do conceito do senso comum mesmo, a desordem que cria, a falta de arrumação que ordena, a bagunça que arruma, e a incógnita da incerteza quanto a real criação, a lenda de Hesíodo fala da criação, mesmo através da cisão houve a criação, mas como ter certeza de que algo bom será criado?
A verdade é que não nos cabe organizar o caos, cabe ao caos nos organizar, nos arrumar, nos impulsionar a voos mais altos, com menos medo, como diz a canção “o céu de Ícaro tem mais poesia do que o de Galileu”, mas eu também gosto do céu de Galileu, que disse que “Todas as verdades são fáceis de perceber depois de serem descobertas; o problema é descobrí-las”, gosto do céu do Brigadeiro e o céu da boca, onde tem uma estrela solta quando se diz “te amo”. Vamos buscar a orientação na desordem, subverter as situações caóticas a ponto de nos beneficiar com elas; tenhamos paciência, clareza e boa vontade, assim conseguiremos sofrer apenas o necessário, pois como já disse o Carlos Drummond de Andrade “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”.
A verdade é que não nos cabe organizar o caos, cabe ao caos nos organizar, nos arrumar, nos impulsionar a voos mais altos, com menos medo, como diz a canção “o céu de Ícaro tem mais poesia do que o de Galileu”, mas eu também gosto do céu de Galileu, que disse que “Todas as verdades são fáceis de perceber depois de serem descobertas; o problema é descobrí-las”, gosto do céu do Brigadeiro e o céu da boca, onde tem uma estrela solta quando se diz “te amo”. Vamos buscar a orientação na desordem, subverter as situações caóticas a ponto de nos beneficiar com elas; tenhamos paciência, clareza e boa vontade, assim conseguiremos sofrer apenas o necessário, pois como já disse o Carlos Drummond de Andrade “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”.
domingo, 27 de março de 2016
Vamos ter uma conversinha?
Olá meus amiguinhos, e minhas amiguinhas, hoje iremos falar sobre algo que pode estar acontecendo na sua casa, na sua rua, escola, igreja, ou no seu trabalho, não é um assunto muito legal, mas precisaremos falar disso, mais cedo ou mais tarde. Já que é assim, acho melhor começarmos logo, ok? Pois bem, falaremos sobre aquelas pessoas que se acham importantes, mas não porque são seres portadores de inteligência notável, nem de humanidade altruísta, ou sequer daquelas pessoinhas que eventualmente respeitam a opinião alheia, falo daquelas pessoas que SE ACHAM(permitam-me a caixa alta) importantes por que têm algo que você não tem, no que se refere a algo material... Poxa, essas pessoas são chatas, não é verdade?
Um automóvel, um celular, ou um diploma universitário às vezes deixam as pessoas obnubiladas, incapazes de enxergar que a importância das pessoas não está nas coisas que elas tem, não importa quanto dinheiro se tem, qual sua orientação sexual, a cor da pele, seu tamanho em estatura, ‘peso’ em quilogramas, quociente intelectual ou essas bobagenzinhas... Sei que é difícil conviver com esse tipo de “gente” que as vezes é diferente da gente, mas que as vezes é igual a gente. Sim meus amiguinhos e minhas amiguinhas, às vezes (e só às vezes) a gente também se deixa levar pela importância que damos às coisas, as efêmeras, palpáveis e perecíveis, mas na maior parte das vezes não notamos e acusamos o outro, a outra, “odiamos” a atitude de alguém que pode só eventualmente estar nos lembrando de como nós somos falhos. Que merda ler isso não é mesmo?
Então vamos tentar focar nas nossas vidinhas, não é mesmo? Tentar nos melhorar enquanto seres humanos, cheios de defeitos, mas respeitando as opiniões e desejos alheios, contanto que esses desejos e opiniões não firam o nosso direito de ter opiniões e desejos também. Seria tão maneiro se parássemos de culpar os outros das nossas imperfeições, das nossas limitações, mas o tio vai pedir só isso pra vocês hoje, tá certo? Um pouco de introspecção e autoconhecimento para não valorizar coisinhas sem valor.
Fiquem bem e lembrem-se de escovar os dentes após as refeições, mas se não der faz um bochecho que também ajuda até poder escovar tá bem? E nada de praguejar contra a mamãe em pensamento, “papai do céu" tá vendo hein?
"Páscoa, né? Tá Serto!"
É curioso como todo mundo fica santo durante a "semana santa", ficam religiosos, condescendentes, solícitos, reflexivos e tocados (acho que só pode ser pela "Paixão de Cristo")... Da minha parte eu gosto é dos feriados.
Acho até fofinhas todas as estórias descritas na bíblia, mas me assombro com suas interpretações, o potencial criativo e ambivalente das escrituras é aterrorizante e ao mesmo tempo fascinante.
Seria fantástico se no domingo de Páscoa renascesse também aquela inocência infantil que permite afagos sinceros, que oferece sorrisos despretensiosos e que reparte com o desconhecido o que, por ventura, lhe esteja sobrando, mas infelizmente é bem mais fácil falar do amor de Cristo, do sacrifício DELE e "blá blá blá"...
A maioria das pessoas que buscam Cristo querem alento para suas angústias e eu, sinceramente, espero que encontrem, mas queria que encontrassem também a compreensão das mensagens escritas no livro que para muitos é sagrado e que para tantos outros é mais uma mercadoria a ser negociada em troca de salvação, ou pior, um escudo onde estes hipócritas escondem suas vis perversidades e atrocidades.
Será que é tão difícil entender: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."(Efésios 2:8-9) Porra, tá no livro que vocês leem e veneram, não é pelos outros que serás salvo, é pela tua fé... Mas ninguém lembra de nada disso, uns se perdem nos seus desesperos, enquanto os outros, aproveitadores, vendem indulgências e bilhetes para a vida eterna, abusando da fragilidade alheia para se favorecerem e isso é asqueroso.
Eu ando tão cheio dessa hipocrisia religiosa que estou ficando chato, mas como ninguém é obrigado a conviver comigo e muito menos ler o que escrevo, vou destilando minha amargura, "aporrinhamento" e inquietações nessas mal traçadas linhas.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Querer é só querer, poder é f*da!
Tem gente que diz que quer provas de amor, outros se interessam por mentiras sinceras, mas na verdade eles não sabem o que querem, porque de fato nunca experimentaram o amor, essa coisa chata que ignora qualquer esforço em tentar compreendê-lo, mas não posso culpá-los(quem sou eu para culpar alguém além de mim mesmo), os corações dessas pessoas estão cheios de espaços vazios e não permitem nada mais que sangue venoso e arterial intercalando-se em esvaziar para evitar e diástole da paixão, a plenitude poética do amor. Não falo aqui do amor sem medidas, sem razão, sem porquê, mas sim do amor desmarcado, racionalmente insano e porque sim.
Queria que as pessoas no mundo tivessem mais amor, mais bem querer, mais desejo de serem melhores, umas com as outras, mas o que importa o que eu quero? O que importa o que o mundo precisa? Se as pessoas estão preocupadas em parecerem o que não são diante de outras que elas sequer conhecem... Aquele pensamento "agora sim, eu vou arrasar", depois de horas se transformando em outra pessoa antes de sair de casa... Você vai arrasar com quem, infeliz? Pra mim você está arrasando a sua auto-imagem, o seu respeito próprio, em nome de alguém que as vezes você nem sabe o nome.
Lastimo por vocês (e notei que tenho lastimado muito ultimamente) que nunca se amaram ou pelo menos desejaram o melhor para vocês mesmos, em nome de alguém que você sabe o nome, alguém que realmente merece sua dedicação, alguém com quem você convive até quando quer sumir do mundo, que está do seu lado quando você está sozinho(a), que está no seu quarto, no seu banheiro, na rua contigo, alguém que você vê quando para diante do espelho, mas que infelizmente você não reconhece, porque está preocupado(a) demais tentando impressionar ilustres desconhecidos que sequer imaginam um terço do seu sofrimento, angústias e alegrias.
Quero sim mais amor, mais gozos, mais sorrisos, mas também queria que lágrimas sinceras fossem derramadas diante de cada espelho quando as pessoas finalmente se reconhecessem e começassem a buscar seus caminhos para encontrar a paz dentro de si, mas é como o título do texto diz...
segunda-feira, 14 de março de 2016
Antes que acabe o Dia Nacional da Poesia
OXUM
Dona das águas, Oxum vem do Odu Oxê
Vênus africana, tão linda de se ver
Senhora dos rios, rainha dos segredos
Gera fertilidade para quem nela crê
Quem é filha de Oxum sabe nos fazer perder as estribeiras
Demonstram sua força como uma cachoeira
Ora iê iê ô, saúdo a Mãe Sereia das águas doces
E com sua proteção enfrento os males nos dias e noites
Sensualidade e astúcia, são fortes nesta Yabá
Tentaram sob vestes de santa a deusa disfarçar
E no dia 08 de dezembro para a festa todos vão
Celebrar em nome de Nossa Senhora da Conceição
Mas Oxum é divindade vinda do Kêto
Rio na Nigéria, tem todo respeito
Ora iê iê ô, Mãe do ouro e da beleza
É Oxum, poderosa, mãe de toda riqueza.
domingo, 13 de março de 2016
Não quero falar de política, prefiro circo.
O circo chegou, que alegria! Palhaços, mágicos, equilibristas, malabaristas, "aberrações da natureza" e pessoas sedentas pela ilusão presente ali dentro, todas elas, buscando o "inesperado", a boa surpresa, inclusive aquela sensação de alento coletivo, isso lhes dá uma falsa sensação de importância... "ledo enganinho!"
Durante o tempo em que o circo está presente as distrações são fortes, a pipoca é fria, entretanto é barata, mas o único problema é que a tenda não pode ficar armada para sempre, não que isso seja algo preocupante, pois outros circos chegarão quando esse for embora, tem muita gente acreditando na magia debaixo daquela lona, tem muita gente precisando dessa ilusão.
Por outro lado tem também aqueles que querem mais é que o circo pegue fogo e que o palhaço não dê mais sinal de vida, esperam pelo triste fim de toda uma trupe, mas ninguém sabe exatamente o porquê, será que eles acham que já chega de distrações? Será que acham que tem palhaços demais? Ou será que só querem instituir uma nova forma de entretenimento, distrações novas, pipocas mais quentes, mágicas mais fantásticas, furtos da realidade mais consistentes...? Seja lá o que for, a fórmula é boa; uma vez um conselheiro da monarquia europeia disse ao seu príncipe "Uma mudança sempre deixa caminho aberto para outras" ele só não disse que nem sempre as novas são melhores.
O que acho é que sempre terão picadeiros, malabaristas, equilibristas, palhaços e plateia para manter a "Magia" do circo, as quimeras, os travestismos, as miragens que fazem dele um reduto tão desejado, querido e quiçá necessário para o alívio das dores sociais, das injustiças onde, basta o indivíduo entrar e sentar, que num piscar de olhos(e por um curto espaço de tempo) ele se torna "RESPEITÁVEL PÚBLICO".
sábado, 12 de março de 2016
Eu vi uma bonequinha “tuplec tuplin”, fazendo uma bolinha "tuplec tuplin"....
Bolinhas de sabão explodem na sua frente, elas flutuam disformes e coloridas pelo prisma da sua tensão superficial e de repente... PLOFT! Diante do nariz elas se desfazem molhando aquele rosto redondo e ela ficou divagando, bem devagar, fecho os olhos e pensou, “marminíno, moiô” e esboçou um sorriso. A escada do shopping sobe sozinha, sobe, mas não sobe, fica ela lá rolando os degraus, prendendo sandálias e fazendo a alegria das crianças e o desespero do povo matuto que preparam o salto no seu final, mas e ela, a jovem, queria leite batido com chocolate, mas só serve se for milk shake, ("leite batido" não deve ter graça nenhuma). Ela vai ficar sem assunto quando conseguir, mas até lá “quero milk shake”, parece um mantra ou o próprio movimento respiratório da infeliz, era só subir na escada rolante e esperar um pouco, já já estaria na praça de alimentação, mas a escada rolou até uma praia, isso mesmo, manhã ensolarada, mar azul, céu anil, ela moveu ferozmente seu quadril, queria o mar, queria nadar, correu porque a areia quente machucava a sola dos seus pés descalços, mas ela sabia que iria se refrescar em segundos, sua boca salivou vendo as espumas brancas das ondas e ela trôpega quase caiu ao desequilibrar quando ouviu “olha o picolé aê”, o rapaz gritou e ela olhou, estava quente, seria bom um “picolé aquê”... O primeiro contato do seu pé direito no mar, fez de sua boca sair um odoyá, ela pediu licença para mergulhar e nesse instante estava voando, solta, leve e nua sobre um grande vale rochoso com um sorriso bobo, olhou para baixo e viu os passarinhos se aproximando, crescendo com a diminuição da distância, crescendo ao ponto dela notar que não eram passarinhos, eram pterodátilos gigantes, voando leves, soltos e nus como ela, eles se juntaram e todos eles rodopiavam felizes, ascendiam velozes e se permitiam a queda livre, mas de repente os pré-históricos se afastaram, arremeteram bruscamente e ela viu o motivo a frente nuvens negras, anunciavam a tempestade, e ela pousou na base de uma montanha congelada não conseguia ver mais seu corpo quando olhou para baixo, suas vestes densas cobriam sua bela anatomia, luvas grossas escondiam suas mãos, botas de neve apertavam seus pés, notou o peso do casaco de esquimó e uma sensação de adormecimento nas bochechas, ela olhou para cima e viu o deslizamento da avalanche branca e marrom, era milk shake com flocos chocolate, ela se virou e se jogou de costas no chão sobre a neve, com a boca aberta, e em poucos segundos foi coberta de sabor, suas roupas adocicadas resfriaram seu corpo e de longe não se podia mais vê-la, ela quis tanto o milk shake que tornou-se um picolé ali.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Minha poesia é tosca!
Minha poesia é tosca
Não tem palavras com rebusque fino
Mas se pensa que me importo
Você está perdendo o tino
Às vezes quero dizer as palavras
Outras vezes quero cantar a canção
E quando me perco em meus caminhos
Permito que os versos saiam de minhas mãos
Encanto-me ao ver a métrica de uma bela poesia
Mesmo quando ela não é simétrica
É encantadora a pancada que ela nos dá
O sacolejo de uma bofetada poética
Os acidentes literários são fascinantes
Acalentam muito mais que machucam
Trazem ao espírito a suave sensação
De sentir-se aliviado, livre, fora do chão
Minha poesia é tosca, eu sei
Mas me permite voar
Como no sonho revigorante
Antes do meu despertar
Brinco com as palavras, mas sinto-me carregado
Não as manipulo, sou manipulado
As palavras não me cedem sua beleza
Eu sim sucumbo ao seu encanto escancarado
Pobre de quem acha que controla alguma coisa
Sem cores e luz a vida fica toda fosca
Precisamos nos entregar a ela: A beleza da vida
Não importa quanto a poesia seja tosca
quinta-feira, 10 de março de 2016
Liberdade... Liberdade?
Velha é a ilusão da liberdade
O desejo em tê-la e sentir suas possibilidades
O sonho de Ícaro e a esperança do paraíso
Viver como se estivesse sem juízo
O juízo que julga o juiz corrupto
A lei que protege o infrator
Os limites da sociedade humana
Fomentando discórdia e não paz e amor
A liberdade não existe de fato
Há amarras e cercas no pasto do mundo
E mesmo quando não vemos os muros
Em nós a censura aperta os nós obscuros
Até parece que não é de liberdade que precisamos
Essa utopia eterna do ser humano
Quando se quer o inalcançável, é inevitável padecer
Diante do inatingível a opção é sofrer
Que o respeito aos limites seja a lei
Sem precisar de juri, juiz ou sentença
Que a harmonia seja o prêmio maior
Antes que por fim todos viremos pó
terça-feira, 8 de março de 2016
Por que amar é tão difícil?
Porque o Amor é burro, confuso, às vezes é surdo, ou se faz, outras vezes é cego, ou se faz. Ele se acha autossuficiente para gerir todos os outros sentimentos, e os demais acreditam nele por um tempo, mas ele é burro e confuso, não quer ver o que está diante de si, não quer ouvir os sons do coração partindo dentro de si, ou ao seu redor... E dilacera em fiapos almas, sonhos, ao mesmo temo que remenda esperanças e quereres e constrói pontes de algodão doce, sobre arco-íris e os loucos correm por elas, segurando sua mão burra e confusa.
Entretanto, não se pode negar que, no auge da sua confusão e burrice, o Amor é guerreiro, resistente, ignorantemente teimoso e tanto bate quanto apanha querendo vencer a Razão, sua maior inimiga, quando ela se aproxima, lenta e cirurgicamente para que eles pelejem. Bom é quando ambos dão as mãos e se permitem vez por outra intercalarem sua passagem pelas portas que se interpõem em seus caminhos, pois as portas não são largas, primeiro passa um e logo em seguida puxa o outro, só que Razão e Amor são ambíguos, visto que ele é burro e confuso, confuso como esse texto que cede a incompetência de uma mente limitada para analisar algo tão extremamente divergente como o amor com suas expressões que muito provavelmente estão longe do que sequer almeja ser esse sentimento difícil, forte, teimoso, burro, confuso, complexo, completo, que “por ser exato não cabe em si”, e que “por ser encantado revela-se”, como nas palavras do poeta.
Outro dia li que o Cupido não flecha o coração, mas os olhos, o que justificaria a máxima "O Amor é cego", mas ele não é cego(não sempre) ele é uma "coisa para ser sentida" e por isso não nos cabe reflexões sobre ele. Ambíguo, fatal como uma fera protegendo sua cria, ou afável lambendo sua cria, o Amor se faz incongruente e deixa que fiquemos aqui elucubrando sobre sua singularidade múltipla, deve estar rindo de mim que estou confuso tentando dizê-lo, enquanto ele permite apenas que o sintamos e que amemos senti-lo, na mesma hora e com a mesma intensidade que odiamos senti-lo...
Entretanto, não se pode negar que, no auge da sua confusão e burrice, o Amor é guerreiro, resistente, ignorantemente teimoso e tanto bate quanto apanha querendo vencer a Razão, sua maior inimiga, quando ela se aproxima, lenta e cirurgicamente para que eles pelejem. Bom é quando ambos dão as mãos e se permitem vez por outra intercalarem sua passagem pelas portas que se interpõem em seus caminhos, pois as portas não são largas, primeiro passa um e logo em seguida puxa o outro, só que Razão e Amor são ambíguos, visto que ele é burro e confuso, confuso como esse texto que cede a incompetência de uma mente limitada para analisar algo tão extremamente divergente como o amor com suas expressões que muito provavelmente estão longe do que sequer almeja ser esse sentimento difícil, forte, teimoso, burro, confuso, complexo, completo, que “por ser exato não cabe em si”, e que “por ser encantado revela-se”, como nas palavras do poeta.
Outro dia li que o Cupido não flecha o coração, mas os olhos, o que justificaria a máxima "O Amor é cego", mas ele não é cego(não sempre) ele é uma "coisa para ser sentida" e por isso não nos cabe reflexões sobre ele. Ambíguo, fatal como uma fera protegendo sua cria, ou afável lambendo sua cria, o Amor se faz incongruente e deixa que fiquemos aqui elucubrando sobre sua singularidade múltipla, deve estar rindo de mim que estou confuso tentando dizê-lo, enquanto ele permite apenas que o sintamos e que amemos senti-lo, na mesma hora e com a mesma intensidade que odiamos senti-lo...
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Vendo a Lua!
Vendo a lua da minha janela... não peço muito
Qualquer trocado me basta
Vendo, mas não entrego
Porque fico vendo e fico eu entregue
Fico pensando se São Jorge também está vendo que estou vendo
Pois me vi, vendo a lua vivendo no céu da rua
Circunscrita pelo reflexo do sol vaidoso
E vai o idoso, à praça dar migalhas aos pombos
Pombas!
São migalhas aos montes!
São montes de Vênus que daqui estou vendo
Do mirante dominante de onde fico vendo a lua
Vendo a lua... qualquer trocado me basta.
Não posso ver o sol, porque ele é vaidoso e preguiçoso
Ocioso, vai dormir a noite, mas me deixa aluado
Abobado, idiotizado, encrespado nos fios emaranhados
Dos cabelos cacheados que se avolumam inchados
O tempo passa e ascendo o olhar ao céu
Enquanto o azul lentamente acende
E o gigante brilhante, imponente e ofuscante suspende
O sol não gosta de dividir atenção
Com ele não tem estrelas, não tem luar
Ardendo ele queima, enquanto faz o tempo passar
Eu nem consigo vê-lo, o sol, me doem os olhos
Olho para o céu, mas não busco o dourado,
Volto a buscar o prateado celeste, porque ainda estou vendo a lua
E vendo a lua? Ah... qualquer trocado me basta!
Qualquer trocado me basta
Vendo, mas não entrego
Porque fico vendo e fico eu entregue
Fico pensando se São Jorge também está vendo que estou vendo
Pois me vi, vendo a lua vivendo no céu da rua
Circunscrita pelo reflexo do sol vaidoso
E vai o idoso, à praça dar migalhas aos pombos
Pombas!
São migalhas aos montes!
São montes de Vênus que daqui estou vendo
Do mirante dominante de onde fico vendo a lua
Vendo a lua... qualquer trocado me basta.
Não posso ver o sol, porque ele é vaidoso e preguiçoso
Ocioso, vai dormir a noite, mas me deixa aluado
Abobado, idiotizado, encrespado nos fios emaranhados
Dos cabelos cacheados que se avolumam inchados
O tempo passa e ascendo o olhar ao céu
Enquanto o azul lentamente acende
E o gigante brilhante, imponente e ofuscante suspende
O sol não gosta de dividir atenção
Com ele não tem estrelas, não tem luar
Ardendo ele queima, enquanto faz o tempo passar
Eu nem consigo vê-lo, o sol, me doem os olhos
Olho para o céu, mas não busco o dourado,
Volto a buscar o prateado celeste, porque ainda estou vendo a lua
E vendo a lua? Ah... qualquer trocado me basta!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
LEVANTE A CABEÇA, SEU BLACK É POWER
Eu ouvi o coração do negro batendo
Forte, vívido e audível como um tambor
E ao seu lado seu irmão sangrava
Chorando, sofrendo e gritando de dor
Do outro lado bocas de aço cuspiam
Projéteis mortais,
Imorais... Esses sim marginais,
Assassinos e fatais
Ei senhor, abra os olhos para minha cor
Ei sinhá, levanta a cabeça vamos lutar
Ei senhor, chega de choro, chega de dor
Ei sinhá, seu black é power, vamos dançar
Fizemos a riqueza deste país
Agora queremos o nosso respeito
Não dá para viver fingindo ser feliz
Com essa dor sufocando meu peito
Bob Marley, Zumbi, Mandela, Malcom X
Negros que mostraram ao mundo seu valor
José, João, Antônio, Pedro e Luiz
Negros que lutaram por nosso país
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Cabeça cheia!
Muitas coisas passando muito rapidamente pela minha cabeça, coisas muito boas e coisas muito ruins, reflexões sobre o fazer profissional da minha classe de trabalho, os professores, que cada dia sente-se mais desprezada e desvalorizada diante da sociedade que ela mesma deveria ajudar a formar... E tome-lhe culpa no governo, e tome-lhe culpa na família, e tome-lhe culpa nos alunos, mas como eu costumo brincar “a culpa é minha eu ponho em quem eu quiser” é difícil ouvir, de um colega que ele tem dificuldade para exercer seu trabalho, não acho que isso seja motivo de vergonha, muito pelo contrário, é motivação para melhorar. Essa “galera” toda em quem pus a culpa também é culpada, mas por mais difícil e escrota que seja nosso labor, escolhemos isso e temos a obrigação ética, moral e profissional de ao menos tentar com vontade, melhorar a qualidade de vida dos nossos alunos através de nossas aulas. Eu mesmo sou incompetente em vários aspectos do meu fazer profissional, às vezes fico impaciente, angustiado e incomodado por não conseguir alcançar meus alunos, ser professor é uma profissão que deveria realmente ser melhor reconhecida, remunerada, e os professores deveriam ser melhor preparados para lidar com algumas situações cotidianas, não falo do colega socar o outro na sua frente dentro da sala de aula, pois apesar de presenciarmos situações como estas, essa não é a regra(ainda). Triste é ver professores que atuam com estudantes em idade de alfabetização que não conjugam corretamente os verbos que usamos corriqueiramente, e que criam (e/ou alimentam) uma quarta pessoa do singular, o indivíduo “Mim”, que cada vez mais frequentemente conjuga mais e mais verbos, triste é ver professores passando “trabaio” e ver e ouvir a indignação deles quando “as criança não entrega”(e a concordância que se contorça até a morte).
Mas não é “só” isso que me incomoda atualmente, se eu for pormenorizar, farei um texto chato e enorme, falo então do que está me incomodando mais no momento, que é a falta de comprometimento individual com o bem estar coletivo, a tristeza me enche os olhos de lágrimas, pois enquanto temos que ouvir que depois de “nós é nós de novo”, estamos criando uma sociedade violenta, degenerada e alienada. Fico pensando se a monarquia no Brasil nunca vai acabar... é o Príncipe do Gueto, a Rainha do Axé, o Rei do Futebol e uma massa crescente de Bobos da Corte que não querem ler, não sabem apreciar obras de artes (isso inclui peças teatrais, pinturas, esculturas, etc), não querem ouvir boa música, preferem misturar whisky com red bull, pra dar uma “pancadinha” na hora do “créu”, mesmo sabendo que a “muriçoca pica” e que não dá pra matá-la com a metratratralhadora. E diante disso tudo, eu não temo mais pelo futuro dos meus filhos, dos meus alunos ou da biosfera terrestre, me cago de pavor por mim, pelo meu presente, pois aqui estou eu “Diferentão” em meio a tanta futilidade e efemeridade sem sentido.
Estou escrevendo um livro, não é nenhum “Assim falava Zaratustra”, mas tem como intenção fazer as pessoas pensarem um pouco sobre o que se considera “valor” na sociedade que vivemos, a propósito disso eu estou mergulhado naquela história e em pesquisas para escrevê-la, tão mergulhado que realmente tenho ficado sem tempo para postar no blog. Depois de um mês de Janeiro florido, creio que até o fim de junho, vou gotejar uma coisa ou outra por aqui, quando(como agora) me sentir sufocado a ponto de precisar expurgar esses pensamentos terríveis que me corroem.
Mas não é “só” isso que me incomoda atualmente, se eu for pormenorizar, farei um texto chato e enorme, falo então do que está me incomodando mais no momento, que é a falta de comprometimento individual com o bem estar coletivo, a tristeza me enche os olhos de lágrimas, pois enquanto temos que ouvir que depois de “nós é nós de novo”, estamos criando uma sociedade violenta, degenerada e alienada. Fico pensando se a monarquia no Brasil nunca vai acabar... é o Príncipe do Gueto, a Rainha do Axé, o Rei do Futebol e uma massa crescente de Bobos da Corte que não querem ler, não sabem apreciar obras de artes (isso inclui peças teatrais, pinturas, esculturas, etc), não querem ouvir boa música, preferem misturar whisky com red bull, pra dar uma “pancadinha” na hora do “créu”, mesmo sabendo que a “muriçoca pica” e que não dá pra matá-la com a metratratralhadora. E diante disso tudo, eu não temo mais pelo futuro dos meus filhos, dos meus alunos ou da biosfera terrestre, me cago de pavor por mim, pelo meu presente, pois aqui estou eu “Diferentão” em meio a tanta futilidade e efemeridade sem sentido.
Estou escrevendo um livro, não é nenhum “Assim falava Zaratustra”, mas tem como intenção fazer as pessoas pensarem um pouco sobre o que se considera “valor” na sociedade que vivemos, a propósito disso eu estou mergulhado naquela história e em pesquisas para escrevê-la, tão mergulhado que realmente tenho ficado sem tempo para postar no blog. Depois de um mês de Janeiro florido, creio que até o fim de junho, vou gotejar uma coisa ou outra por aqui, quando(como agora) me sentir sufocado a ponto de precisar expurgar esses pensamentos terríveis que me corroem.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
"Não pare na pista"
Eu gostaria que meus alunos, ex-alunos, não-alunos, colegas, amigos, familiares e desconhecidos lessem esse texto, não por se tratar de um texto extraordinário, nem irretocável sob o ponto de vista técnico, mas é só porque ele fala da importância do amor próprio e do reflexo disso na vida de todos nós.
O amor próprio é uma atitude reflexiva, mas não no sentido de parar em frente ao espelho para admirar o seu reflexo, mas de como suas atitudes refletem nos outros, na sua casa, na sua rua, no seu bairro, no seu município, no seu Estado, no seu país, no seu planeta, na sua galáxia, no seu universo(sempre quis escrever isso).
Os seres humanos são peças de um enorme quebra-cabeças que influencia e harmoniza(ou não) toda a arrumação do conjunto complexo que é a nossa vida e tratar alguém como gostaria de ser tratado passa pelo princípio da felicidade em cascata, fazer o bem que você queria receber significa evoluir social, emocional e espiritualmente, significa ter compromisso consigo e com os outros, estudar, criar rotinas produtivas e seguir em frente.
Não desista de você, pois em qualquer escala não deve existir ninguém mais importante que você mesmo, dê atenção ao que o seu corpo está lhe dizendo, não pare na busca da sua harmonia plena com o cosmo, pode avançar de forma lenta mas não aceite parar jamais.
O amor próprio é uma atitude reflexiva, mas não no sentido de parar em frente ao espelho para admirar o seu reflexo, mas de como suas atitudes refletem nos outros, na sua casa, na sua rua, no seu bairro, no seu município, no seu Estado, no seu país, no seu planeta, na sua galáxia, no seu universo(sempre quis escrever isso).
Os seres humanos são peças de um enorme quebra-cabeças que influencia e harmoniza(ou não) toda a arrumação do conjunto complexo que é a nossa vida e tratar alguém como gostaria de ser tratado passa pelo princípio da felicidade em cascata, fazer o bem que você queria receber significa evoluir social, emocional e espiritualmente, significa ter compromisso consigo e com os outros, estudar, criar rotinas produtivas e seguir em frente.
Não desista de você, pois em qualquer escala não deve existir ninguém mais importante que você mesmo, dê atenção ao que o seu corpo está lhe dizendo, não pare na busca da sua harmonia plena com o cosmo, pode avançar de forma lenta mas não aceite parar jamais.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
MUDAR: Caminhos para uma transformação verdadeira, Flávio Gikovate. MG Editores. 2014. - Terminado em 28/01/2016.
Flávio Gikovate é um psiquiatra, com vasta experiência clínica e autor de diversas obras, entre elas MUDAR, esse livro que peguei pra ler após ouvir várias participações do Flávio pela internet, na verdade fui buscar “SEXO”, do mesmo autor, mas não encontrei na livraria, então peguei este e fiquei muito feliz com a grata surpresa da leitura. A proposta do livro, ao que me parece, foi através dos mecanismos psicológicos e utilizando de metáforas bem interessantes fazer o leitor pensar sobre os fatores que, de alguma forma, bloqueiam o processo de mudança. O caminho percorrido pelo autor passou inicialmente pela motivação que o levou a escrever sobre o tema, basicamente relacionado a sua experiência clínica no atendimento aos seus pacientes. Com uma abordagem que eu poderia chamar de “progressão pedagógica”, o autor destrincha sua proposta em seis capítulos e, a seguir, faço uma pequena síntese do que fala cada capítulo desses.
1- Como nos tornamos “nós mesmo”? Aqui o autor apresenta os fatores que influenciam na nossa formação e tomadas de decisões, abrangendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais, com igual importância e vez por outra contrapondo a pensadores clássicos que priorizam esse ou aquele aspecto. Ele considera, nesta parte do livro o desenvolvimento e processo de apreensão do mundo que ocorre nos indivíduos na fase infantil. 2- O que mudar? Aqui Gikovate nos mostra que, de uma maneira geral, queremos mudar tudo em nós que nos desagrade. Entretanto ele lembra que alguns desses comportamentos que nos desagradam acontecem porque vemos alguma vantagem nesse ou naquele comportamento e isso torna a mudança mais complicada, pois há uma tendência humana em se manter no que se chama “zona de conforto”. Ele também nos traz uma situação onde mesmo querendo realmente a mudança o indivíduo não a efetiva por não entender bem o que se passa com seu íntimo. 3- Por que e para que mudar? Chegamos ao “meio do caminho” e o autor neste ponto expõe a dificuldade encontrada por muitos, que consiste em reconhecer os benefícios a longo prazo que as mudanças podem proporcionar, isso causa uma dúvida sobre porque e para que mudar, o que pode simplesmente travar o processo, neste ponto ele apresenta variados exemplos onde as vezes a pessoa escolhe não mudar, por receio de perder “vantagens” que está acostumado com determinados comportamentos. Ele encerra o capítulo falando no fortalecimento da razão, pois uma “razão forte” pondera com melhor desconsiderando fatores emocionais que podem travar a mudança. 4- Mudar para vir a ser o quê? No início deste capítulo Gikovate apresenta, o que para ele, são as duas grandes motivações para o desejo de mudança: medo de perder um privilégio/benefício e o estar cansado de se sentir limitado, fala também da continuidade e da dificuldade que exige o processo de mudança. Aqui fala-se sobre a maneira como os egoístas e altruístas encaram suas mudanças e as ponderações que fazem acerca da real necessidade de mudar. É neste ponto do livro que o psiquiatra entra na ceara ao qual defende publicamente onde quer que se pronuncie(livros, entrevistas de revistas, televisivas ou palestras): a diferença entre prazeres positivos e prazeres negativos. E conclui o capítulo falando que o objetivo primordial de qualquer mudança deveria ser o crescimento pessoal. 5- Como mudar? Apesar de ser o quinto capítulo ele é bastante conclusivo e sintetiza o que foi exposto até então dentro da obra, ficando para o sexto uma discussão mais filosófica com efeitos e consequências práticas... Aqui são mostradas as grandes dificuldades do processo de mudança, como os hábitos, compulsões e vícios, por exemplo. Neste capítulo também é possível notar que o autor fala com seus colegas de profissão, propondo um diálogo quanto a repensar a postura na prática de clínica psicológica. 6- Um último obstáculo: o medo da felicidade. Usando as palavras do próprio autor “Trata-se de um obstáculo estranho e inesperado”, entretanto é algo que o mesmo defende desde há muito tempo, pois por mais estranho que pareça é extremamente plausível e ele correlaciona este medo da felicidade ao trauma do nascimento, considerando que o indivíduo humano é plural e complexo, o melhor deste capítulo, além das considerações técnicas que são esclarecedoras, é a última frase do livo: “felicidade não mata!”
Por fim, recomendo a leitura deste livro, por alguns vários motivos, além dos que foram citados, acrescento a possibilidade que ele nos dá de escrafunchar nossa postura, nossas atitudes e de buscar ajuda, caso seja necessário, para chegarmos a objetivos possíveis que nos permitam ter mais harmonia conosco e com os que nos cercam.
1- Como nos tornamos “nós mesmo”? Aqui o autor apresenta os fatores que influenciam na nossa formação e tomadas de decisões, abrangendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais, com igual importância e vez por outra contrapondo a pensadores clássicos que priorizam esse ou aquele aspecto. Ele considera, nesta parte do livro o desenvolvimento e processo de apreensão do mundo que ocorre nos indivíduos na fase infantil. 2- O que mudar? Aqui Gikovate nos mostra que, de uma maneira geral, queremos mudar tudo em nós que nos desagrade. Entretanto ele lembra que alguns desses comportamentos que nos desagradam acontecem porque vemos alguma vantagem nesse ou naquele comportamento e isso torna a mudança mais complicada, pois há uma tendência humana em se manter no que se chama “zona de conforto”. Ele também nos traz uma situação onde mesmo querendo realmente a mudança o indivíduo não a efetiva por não entender bem o que se passa com seu íntimo. 3- Por que e para que mudar? Chegamos ao “meio do caminho” e o autor neste ponto expõe a dificuldade encontrada por muitos, que consiste em reconhecer os benefícios a longo prazo que as mudanças podem proporcionar, isso causa uma dúvida sobre porque e para que mudar, o que pode simplesmente travar o processo, neste ponto ele apresenta variados exemplos onde as vezes a pessoa escolhe não mudar, por receio de perder “vantagens” que está acostumado com determinados comportamentos. Ele encerra o capítulo falando no fortalecimento da razão, pois uma “razão forte” pondera com melhor desconsiderando fatores emocionais que podem travar a mudança. 4- Mudar para vir a ser o quê? No início deste capítulo Gikovate apresenta, o que para ele, são as duas grandes motivações para o desejo de mudança: medo de perder um privilégio/benefício e o estar cansado de se sentir limitado, fala também da continuidade e da dificuldade que exige o processo de mudança. Aqui fala-se sobre a maneira como os egoístas e altruístas encaram suas mudanças e as ponderações que fazem acerca da real necessidade de mudar. É neste ponto do livro que o psiquiatra entra na ceara ao qual defende publicamente onde quer que se pronuncie(livros, entrevistas de revistas, televisivas ou palestras): a diferença entre prazeres positivos e prazeres negativos. E conclui o capítulo falando que o objetivo primordial de qualquer mudança deveria ser o crescimento pessoal. 5- Como mudar? Apesar de ser o quinto capítulo ele é bastante conclusivo e sintetiza o que foi exposto até então dentro da obra, ficando para o sexto uma discussão mais filosófica com efeitos e consequências práticas... Aqui são mostradas as grandes dificuldades do processo de mudança, como os hábitos, compulsões e vícios, por exemplo. Neste capítulo também é possível notar que o autor fala com seus colegas de profissão, propondo um diálogo quanto a repensar a postura na prática de clínica psicológica. 6- Um último obstáculo: o medo da felicidade. Usando as palavras do próprio autor “Trata-se de um obstáculo estranho e inesperado”, entretanto é algo que o mesmo defende desde há muito tempo, pois por mais estranho que pareça é extremamente plausível e ele correlaciona este medo da felicidade ao trauma do nascimento, considerando que o indivíduo humano é plural e complexo, o melhor deste capítulo, além das considerações técnicas que são esclarecedoras, é a última frase do livo: “felicidade não mata!”
Por fim, recomendo a leitura deste livro, por alguns vários motivos, além dos que foram citados, acrescento a possibilidade que ele nos dá de escrafunchar nossa postura, nossas atitudes e de buscar ajuda, caso seja necessário, para chegarmos a objetivos possíveis que nos permitam ter mais harmonia conosco e com os que nos cercam.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
O Caminho do Guerreiro – “A Jornada de um Faixa-Preta”. Autor: Joel Correia. Editora: Clube de Autores. - Terminado em 26/01/2016.
O livro é o que chamo de “Manual Prático do Artista Marcial”, escrito por um praticante de Kung Fu, trás informações interessantes sobre a visão de mundo de um aprendiz que chegou(ou pretende chegar) ao ponto mais alto almejado por qualquer artista marcial, a faixa-preta. O Joel apresenta conceitos orientais de cunho filosófico e prático tentando mostrar aos praticantes que apesar de difícil é possível ter excelência na arte que pratica, contanto que compreenda os conceitos e ponha em prática as dicas propostas por ele. Dentre os conceitos que ele apresenta achei alguns bem interessantes:
- “Inteligência Marcial”, que é a capacidade de avaliar e agir diante de um oponente;
- Conceito das 4 previsões: Previsão de derrota ou vitória, Comparação de forças, Cálculo de capacidades(recursos técnicos, que ele chamou “internos”) e Cálculo de terreno(recursos táticos, que ele chamou “externos”);
- Conceitos de Distâncias: Céu, Homem e Terra;
Depois de discorridos esses temas ele mostra o que seriam os seis passos para acelerar o conhecimento de qualquer praticante de artes marciais: 1-Ensinar o que aprender, 2-Aproximar-se dos melhores e mais experientes, 3 -Aproveitar o conhecimento ao máximo, 4-Treinar para e além da academia, 5 -”Sozinho vou mais rápido, acompanhado vou mais longe”, 6 -Treino em jejum.
O autor ainda aborda uma explicação pitoresca e peculiar do simbolo do TAO, conhecido como Yin-Yang, o autor diz que o equilíbrio apresentado ali não se refere a 50% para cada lado, mas em 100% de cada lado, sendo que 20% seria o percentual que nos faz acertar ou errar causando 80% dos resultados que obtemos, tanto num combate quanto na vida. E seguindo a linha “receitas para o sucesso” apresenta "5 Pilares de um Guerreiro", concluindo assim sua obra, são eles: Fortalecer a mente, Fortalecer o corpo, Modelo(objetivos), Planejamento e Ação e “Alimente seu espírito”.
O interessante do livro, na minha opinião, é que os conceitos e lições compartilhadas pelo autor favorecem o autoconhecimento e serve tanto para quem pretende se desenvolver dentro das artes marciais, quanto para as pessoas de modo geral, que traçam metas e pretendem alcançá-las, apresenta uma linguagem de fácil acesso(com alguns errinhos de português que não comprometem a leitura) e divide sempre seus capítulos em tópicos com o intuito de facilitar o entendimento.
- “Inteligência Marcial”, que é a capacidade de avaliar e agir diante de um oponente;
- Conceito das 4 previsões: Previsão de derrota ou vitória, Comparação de forças, Cálculo de capacidades(recursos técnicos, que ele chamou “internos”) e Cálculo de terreno(recursos táticos, que ele chamou “externos”);
- Conceitos de Distâncias: Céu, Homem e Terra;
Depois de discorridos esses temas ele mostra o que seriam os seis passos para acelerar o conhecimento de qualquer praticante de artes marciais: 1-Ensinar o que aprender, 2-Aproximar-se dos melhores e mais experientes, 3 -Aproveitar o conhecimento ao máximo, 4-Treinar para e além da academia, 5 -”Sozinho vou mais rápido, acompanhado vou mais longe”, 6 -Treino em jejum.
O autor ainda aborda uma explicação pitoresca e peculiar do simbolo do TAO, conhecido como Yin-Yang, o autor diz que o equilíbrio apresentado ali não se refere a 50% para cada lado, mas em 100% de cada lado, sendo que 20% seria o percentual que nos faz acertar ou errar causando 80% dos resultados que obtemos, tanto num combate quanto na vida. E seguindo a linha “receitas para o sucesso” apresenta "5 Pilares de um Guerreiro", concluindo assim sua obra, são eles: Fortalecer a mente, Fortalecer o corpo, Modelo(objetivos), Planejamento e Ação e “Alimente seu espírito”.
O interessante do livro, na minha opinião, é que os conceitos e lições compartilhadas pelo autor favorecem o autoconhecimento e serve tanto para quem pretende se desenvolver dentro das artes marciais, quanto para as pessoas de modo geral, que traçam metas e pretendem alcançá-las, apresenta uma linguagem de fácil acesso(com alguns errinhos de português que não comprometem a leitura) e divide sempre seus capítulos em tópicos com o intuito de facilitar o entendimento.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Armadilhas da Mente – Autor: Augusto Cury. Ed. Arqueiro. 2013. - Terminado em 24/01/2016.
Utilizando uma protagonista de nome Camille, o Psiquiatra Augusto Cury nos conta a história de uma professora/doutora, muito inteligente, mas extremamente perturbada por “fantasmas” internos em sua mente. Devido a seus traumas e bloqueios ela usa sua inteligência para confrontar os profissionais da área de saúde mental que tentam tratá-la, mas com a aquisição de uma fazenda sua vida começa a mudar, pois lá ela conhece um jardineiro com uma alegria e sagacidade que intrigam a ela e a incomoda... Zenão é um ex-paciente de Marco Polo, psiquiatra que por intermédio do marido de Camille inicia o processo terapêutico para desvendar as mazelas do seu distúrbio psicológico. Com estes encontros o autor nos leva por um filosófico e intrincado caminho onde ele discorre as teorias que baseiam seu "modos operandi" enquanto psiquiatra com vasta experiência de mais de 20mil pacientes. A sua teoria baseia-se em "janelas" criadas pelo inconsciente que podem ser positivas, negativas ou neutras essas janelas são ativadas por "gatilhos" que podem levar a comportamentos negativos ou o contrário, e é este contrário é o que "Marco Polo" magistralmente favorece a Camille desenvolver com seu método humanizado de terapia.
Um pouco de literatura...
A partir de hoje, com o intuito de registro pessoal, e “para quem interessar possa” farei breves resumos sobre os livros que eu conseguir ler (ou terminar de ler) no ano de 2016. Colocarei os resumos aqui, como registro sem o objetivo de me aprofundar nos temas, mas sim como uma sinopse com meu ponto peculiar de vista sobre cada um, basicamente como um fichamento não formal, ou simples resenha.
Só para que fique claro a forma como farei, cabe aqui uma breve explicação...
Na verdade, tenho uma certa quantidades de livros que comecei a ler no ano passado e alguns até antes, mas que ainda não terminei. Entretanto, sempre tive costume de registrar as experiências mais marcantes que esses livros me causam, o problema com o que divulgarei aqui é que não quero influenciar quem ainda não leu algumas das obras que eu citar aqui, portanto irei no título do post colocar o nome do livro, autor, editora e o ano de publicação; no corpo do post estará escrito o que eu vi no referido livro. Esse ano já consegui terminar três livros e vou colocá-los a partir do próximo post.
Talvez não tenham notado, mas fiz algumas mudanças na cara do blog... rsrsrs. Além do layout, abri a opção de comentários para qualquer leitor que deseje interagir, gostaria de saber o que acham do que escrevo e desde já agradeço.
Também queria deixar claro que os resumos e/ou resenhas dos livros que estou lendo e lerei serão eventualmente intercalados com os meus textos sobre assuntos diversos, sobre os quais escrevo nos meus raros lampejos de criatividade.
Afrouxem os cintos e boa viagem...
Só para que fique claro a forma como farei, cabe aqui uma breve explicação...
Na verdade, tenho uma certa quantidades de livros que comecei a ler no ano passado e alguns até antes, mas que ainda não terminei. Entretanto, sempre tive costume de registrar as experiências mais marcantes que esses livros me causam, o problema com o que divulgarei aqui é que não quero influenciar quem ainda não leu algumas das obras que eu citar aqui, portanto irei no título do post colocar o nome do livro, autor, editora e o ano de publicação; no corpo do post estará escrito o que eu vi no referido livro. Esse ano já consegui terminar três livros e vou colocá-los a partir do próximo post.
Talvez não tenham notado, mas fiz algumas mudanças na cara do blog... rsrsrs. Além do layout, abri a opção de comentários para qualquer leitor que deseje interagir, gostaria de saber o que acham do que escrevo e desde já agradeço.
Também queria deixar claro que os resumos e/ou resenhas dos livros que estou lendo e lerei serão eventualmente intercalados com os meus textos sobre assuntos diversos, sobre os quais escrevo nos meus raros lampejos de criatividade.
Afrouxem os cintos e boa viagem...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Parabéns para mim?
O dia do aniversário é sempre um dia especial pra mim... Curioso que é sempre a mesma data(risos), mas falando sério, eu estava pensando se realmente eu mereceria parabéns pelo meu aniversário(???). E, sinceramente, acho que sim!
Ao longo desses trinta e nove anos eu tenho me esforçado para aprender a conviver com as pessoas e coisas desse mundo e percebi que aprender a respeitar a si mesmo, não é uma tarefa fácil, simplesmente porque muitas vezes nos anulamos para favorecer os outros, e nem sempre isso ocorre de forma tranquila e sem consequências; falando nisso, me veio a lembrança do meu primeiro "NÃO"... Ele foi contundente, corajoso, enfático e mudou definitivamente a minha vida e porque eu não sou um cara escroto vou compartilhar a experiência com vocês(não pisque ou perde o lance): Minha tia mandou eu comprar pão e eu disse não.
Sei que não é uma história com rebusco literário, mas foi um marco na minha vida, o negócio foi tão forte que ela ficou embasbacada e diante da minha recusa esbravejou que iria contar a minha mãe quando ela chegasse do trabalho, eu tinha uns 12 anos e nunca tinha dito não, foi chocante! Dali pra frente disse vários e os digo até hoje, mas o que isso tem a ver com o raio do meu aniversário?? Explico...
É que quando eu dizia esses "nãos" ninguém se machucava, aprendi também que alguns não foram querendo dizer sim, bem como os sim de outrora vez por outra queriam ser sonoros NÃO e ainda assim eles não machucaram ninguém, pelo menos não mortalmente. E é por isso que considero que mereço os parabéns pela data do meu aniversário. Pelos não que dei, pelos sim que dei, pelo resultado disso na minha formação humana, por buscar harmonia entre mim e os demais viventes desta mundo miserável, por respeitar as opiniões alheias, mesmo não concordando com elas, mas eu quero dividir os parabéns que mereço(sem modéstia) hoje com VOCÊ que está lendo... Parabéns por servir de inspiração e pela curiosidade de querer saber o que outras pessoas pensam - no caso específico eu. Busquemos o melhor para esse mundo miserável, não baixemos a nossa guarda, combatamos em prol da harmonia, façamos mais sexo, beijemos mais, leiamos mais, conversemos mais, olhemos mais para dentro e para fora de nós mesmos e aprendamos que mesmo "não estando fácil pra ninguém", estamos de parabéns por resistir às mazelas da "vida loka".
P.S.: Acho que já escrevi algo muito parecido com esse último parágrafo em um outro texto, mas é porque continuo desejando as mesmas coisas para todos nós. Como diria o poeta: "Quais são as palavras que nunca são ditas?"
Ao longo desses trinta e nove anos eu tenho me esforçado para aprender a conviver com as pessoas e coisas desse mundo e percebi que aprender a respeitar a si mesmo, não é uma tarefa fácil, simplesmente porque muitas vezes nos anulamos para favorecer os outros, e nem sempre isso ocorre de forma tranquila e sem consequências; falando nisso, me veio a lembrança do meu primeiro "NÃO"... Ele foi contundente, corajoso, enfático e mudou definitivamente a minha vida e porque eu não sou um cara escroto vou compartilhar a experiência com vocês(não pisque ou perde o lance): Minha tia mandou eu comprar pão e eu disse não.
Sei que não é uma história com rebusco literário, mas foi um marco na minha vida, o negócio foi tão forte que ela ficou embasbacada e diante da minha recusa esbravejou que iria contar a minha mãe quando ela chegasse do trabalho, eu tinha uns 12 anos e nunca tinha dito não, foi chocante! Dali pra frente disse vários e os digo até hoje, mas o que isso tem a ver com o raio do meu aniversário?? Explico...
É que quando eu dizia esses "nãos" ninguém se machucava, aprendi também que alguns não foram querendo dizer sim, bem como os sim de outrora vez por outra queriam ser sonoros NÃO e ainda assim eles não machucaram ninguém, pelo menos não mortalmente. E é por isso que considero que mereço os parabéns pela data do meu aniversário. Pelos não que dei, pelos sim que dei, pelo resultado disso na minha formação humana, por buscar harmonia entre mim e os demais viventes desta mundo miserável, por respeitar as opiniões alheias, mesmo não concordando com elas, mas eu quero dividir os parabéns que mereço(sem modéstia) hoje com VOCÊ que está lendo... Parabéns por servir de inspiração e pela curiosidade de querer saber o que outras pessoas pensam - no caso específico eu. Busquemos o melhor para esse mundo miserável, não baixemos a nossa guarda, combatamos em prol da harmonia, façamos mais sexo, beijemos mais, leiamos mais, conversemos mais, olhemos mais para dentro e para fora de nós mesmos e aprendamos que mesmo "não estando fácil pra ninguém", estamos de parabéns por resistir às mazelas da "vida loka".
P.S.: Acho que já escrevi algo muito parecido com esse último parágrafo em um outro texto, mas é porque continuo desejando as mesmas coisas para todos nós. Como diria o poeta: "Quais são as palavras que nunca são ditas?"
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Reflexões sobre "fézes"
Gostaria inicialmente de agradecer as pessoas que acompanham o meu "diário" e de fazer uma reflexão sobre algo que disse ontem a uma amiga... Estávamos conversando e eu falei que estou intolerante com a ignorância religiosa. Só que não estou feliz em estar assim, mas sinto que tenho esse direito, assim como as pessoas tem direito de acreditar cegamente num Deus que as serve e protege e as guia, eu tenho direito de acreditar no acaso, tenho direito de acreditar que se Deus existe meRmo não vai ficar se ocupando da queda da folha das árvores (acho essa máxima o máximo: "Não cai uma folha de uma árvore se não for da vontade de deus")... rsrsrs - Me bata um abacate viu?
Ai eu fico aqui, pensando... Tem alguém pensando também: "Ah Fabinho, ignorante, Deus sabe TODAS AS COISAS e você, seu heregezinho miserável, vai sentir o peso dessa blasfêmia", Se pudesse conversar com esse pensamento diria... Foda-se! E logo depois, por que seu Deus é melhor do que o Deus muçulmano? Por que não podemos dar os créditos aos Orixás pela criação das coisas e regulação das quedas das folhas(Ossain, por exemplo)? Por que os deuses hindus, indianos e indígenas não podem ter sua vez? E o Deus polinésio? "Errou feio, errou rude"(se não entendeu essa, vai no Youtube e põe DEUS e veja o vídeo do "Porta dos Fundos") Não estou blasfemando, muito menos propondo uma anarquia religiosa ou a negação de "fézes"(fé de um + a fé da outra + a sua fé) tô falando sobre mim, sobre os "absurdos" que passam pela minha cabecinha doentia, NÃO quero influenciar ninguém, mas como o blog é meu, escrevo o que quiser...
Creia no que você quiser, mas respeite o meu direito e o de tantas outras milhões de pessoas de acreditarem no que eu e elas quisermos também e, nos permita o direito a dúvida livre, pois no livro que você considera SAGRADO nos está garantido o "livre arbítrio"(mesmo que coberto de contradição e ameaça) tanto em Gênesis 2. 16-17 e 1a Pedro 2:16.
E no final sabe o que vai acontecer? Eu vou morrer, assim como morreu Nietzsche, Marx, Agostinho, Sócrates e por mais que muitos duvidem Elvis e Jesus Cristo, só que eles não morreram de fato, estão sendo citados diariamente em todo o mundo e seu "estilo de vida" inspira até hoje.
Ah... Só lembrando, você também morrerá, portanto, aproveite da melhor forma sua vida abençoada, pois a minha tá bem suada.
Ai eu fico aqui, pensando... Tem alguém pensando também: "Ah Fabinho, ignorante, Deus sabe TODAS AS COISAS e você, seu heregezinho miserável, vai sentir o peso dessa blasfêmia", Se pudesse conversar com esse pensamento diria... Foda-se! E logo depois, por que seu Deus é melhor do que o Deus muçulmano? Por que não podemos dar os créditos aos Orixás pela criação das coisas e regulação das quedas das folhas(Ossain, por exemplo)? Por que os deuses hindus, indianos e indígenas não podem ter sua vez? E o Deus polinésio? "Errou feio, errou rude"(se não entendeu essa, vai no Youtube e põe DEUS e veja o vídeo do "Porta dos Fundos") Não estou blasfemando, muito menos propondo uma anarquia religiosa ou a negação de "fézes"(fé de um + a fé da outra + a sua fé) tô falando sobre mim, sobre os "absurdos" que passam pela minha cabecinha doentia, NÃO quero influenciar ninguém, mas como o blog é meu, escrevo o que quiser...
Creia no que você quiser, mas respeite o meu direito e o de tantas outras milhões de pessoas de acreditarem no que eu e elas quisermos também e, nos permita o direito a dúvida livre, pois no livro que você considera SAGRADO nos está garantido o "livre arbítrio"(mesmo que coberto de contradição e ameaça) tanto em Gênesis 2. 16-17 e 1a Pedro 2:16.
E no final sabe o que vai acontecer? Eu vou morrer, assim como morreu Nietzsche, Marx, Agostinho, Sócrates e por mais que muitos duvidem Elvis e Jesus Cristo, só que eles não morreram de fato, estão sendo citados diariamente em todo o mundo e seu "estilo de vida" inspira até hoje.
Ah... Só lembrando, você também morrerá, portanto, aproveite da melhor forma sua vida abençoada, pois a minha tá bem suada.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Sorria, mas PODE chorar se quiser.
Atualmente existe uma pressão social pela felicidade, o que eu acho bem estranho, porque acaba causando uma frustração em quem "não se enquadra" nesse perfil, e isso na minha singela opinião, causa ainda mais tristezas. Simplesmente não existe esse negócio de felicidade perene, é impossível para alguém que tenha o mínimo de consciência do mundo onde vive não passar por momentos de tristeza e isso sim é absolutamente normal.
Essa "obrigação" em ser feliz pode até mesmo levar as pessoas a se aproximarem de elementos que as afastem de si próprias, como arrumar um(a) namorado(a) para "ostentar" alegria em redes sociais, ou pode levar a consumir substâncias alucinógenas para aliviar o peso de não se encaixar num ideal inatingível de felicidade.
Bom seria se aproveitássemos nossos momentos de alegrias e sentíssemos os de tristezas de forma plena, porque como eu vejo as coisas, não se deixar ficar triste é algo que também faz com que nunca saremos a ferida que causa aquela dor, é como uma gripe mal curada que certamente enfraquece nosso sistema imunológico por mais tempo do que seria "normal", nos deixando obviamente mais susceptíveis a recidivas.
Viver é estar feliz, mas não o tempo todo, é também estar triste de vez em quando, pois como diz um dito popular: "Quem acha tudo gozado, é camareira de motel". Portanto, não se cobre pelos seus momentos de tristeza, eles são provas de você é um ser humano normal. Viva seus sorrisos e, quando precisar, chore suas lágrimas!
Essa "obrigação" em ser feliz pode até mesmo levar as pessoas a se aproximarem de elementos que as afastem de si próprias, como arrumar um(a) namorado(a) para "ostentar" alegria em redes sociais, ou pode levar a consumir substâncias alucinógenas para aliviar o peso de não se encaixar num ideal inatingível de felicidade.
Bom seria se aproveitássemos nossos momentos de alegrias e sentíssemos os de tristezas de forma plena, porque como eu vejo as coisas, não se deixar ficar triste é algo que também faz com que nunca saremos a ferida que causa aquela dor, é como uma gripe mal curada que certamente enfraquece nosso sistema imunológico por mais tempo do que seria "normal", nos deixando obviamente mais susceptíveis a recidivas.
Viver é estar feliz, mas não o tempo todo, é também estar triste de vez em quando, pois como diz um dito popular: "Quem acha tudo gozado, é camareira de motel". Portanto, não se cobre pelos seus momentos de tristeza, eles são provas de você é um ser humano normal. Viva seus sorrisos e, quando precisar, chore suas lágrimas!
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